casos concretos de direito civil IV
Direito civil IV casos
concretos
SEMANA- 1
CASO CONCRETO
Jarbas adquiriu de
Jerônimo em julho de 2012 um apartamento localizado na praia de Balneário
Camboriu. Após cinco meses morando no imóvel Jarbas foi notificado pelo
condomínio para que pagasse as taxas condominiais atrasadas referentes ao
período de janeiro de 2011 a junho de 2012. Jarbas contra-notificou o
Condomínio afirmando que as taxas condominiais não lhe poderiam ser cobradas,
uma vez que à época não era proprietário do imóvel. Pergunta-se: quem tem
razão, o Condomínio ou Jarbas? Explique sua resposta e indique nela qual o
prazo prescricional para a cobrança dessas taxas.
Resposta: A taxa de condomínio
constitui obrigação propter rem, decorrente da coisa e diretamente vinculada ao
direito real de propriedade do imóvel, cujo cumprimento é da responsabilidade
do titular, independente de ter origem anterior à transmissão do domínio. Por
se tratar de dívida líquida, o prazo prescricional para cobranças das taxas
condominiais é de 5 anos, art. 206, § 5º, I, CC.
Questão objetiva 1
Sobre direitos reais e direitos obrigacionais
é correto afirmar que:
a. A expressão Direitos
Reais é mais abrangente do que a expressão Direito das Coisas e, por isso,
aquela é a expressão adotada pelo Código Civil.
Comentários: É chamado de direito das
coisas ou direitos reais uma das divisões do direito civil brasileiro, dedicado
a coordenar as relações jurídicas dos homens sobre as coisas e suas formas de
sua utilização.
b. Tanto os direitos
reais quanto os direitos obrigacionais são direitos subjetivos não patrimoniais
e, por isso, o objeto de suas relações jurídicas são de natureza econômica.
Comentários: O direito das coisas, bem como
os direitos pessoais estão inseridos na categoria dos direitos patrimoniais.
c. Os direitos
obrigacionais são absolutos, ou seja, impõem-se erga omnes; enquanto os
direitos reais são relativas e impõem-se inter partes.
Comentários: O direito real recai
geralmente sobre um objeto corpóreo. Já o direito pessoal foca nas relações
humanas, no devedor. Logo o primeiro é um direito absoluto oponível contra
todos (erga omnes); mas o segundo é relativo, a prestação só pode ser exigida
ao devedor.
Resposta: d. Os direitos reais são
numerus clausus, sendo vedada a criação de tipos inominados. Os direitos
obrigacionais são numerus apertus, podendo a autonomia privada criar tipos
inominados.
Comentários: Princípio da Taxatividade – Os
direitos reais se apresentam em numerus clausus (número fechado), ou seja, são
limitados, pois estão todos definidos em lei, não podendo ser criados através
de outros meios.
Os direitos obrigacionais existem em numerus
apertus (número aberto), pois a legislação dispôs sobre eles de forma
exemplificativa, criando alguns tipos de contratos, mas permitindo a criação de
outros pela livre manifestação de vontade das partes.
e. Os direitos
obrigacionais se extinguem com o perecimento da coisa. Os direitos reais
permanecem, ainda que o objeto da prestação tenha deixado de existir.
Comentários: os direitos reais se extinguem com o
perecimento da coisa, enquanto os obrigacionais, em geral, permanecem ainda que
o objeto da prestação deixe de existir.
Questão objetiva 2
Sobre as obrigações
propter rem é correto afirmar que:
a. São obrigações que
constituem verdadeiros direitos reais, uma vez que existem em função da
existência desses. Portanto, o titular do direito real, será o titular da
obrigação propter rem.
Comentários: As obrigações propter rem são
denominadas como obrigações híbridas, ou ambulatórias por manterem-se entre os
direitos patrimoniais e os direitos reais. , perseguindo a coisa onde quer que
ela esteja.
b. São obrigações de
natureza ambulatória, o que significa afirmar que a titularidade acompanha
sempre o direito real, como é o caso da taxa condominial.
Comentários: A obrigação propter rem
constitui um direito misto, por ser uma relação jurídica na qual a obrigação de
fazer está acompanhada de um direito real, logo será o titular ( devedor) da
obrigação aquele que for o titular do direito real.
c. Ocorrendo a
transferência da coisa sobre a qual incide uma obrigação propter rem esta
estará automaticamente extinta.
Comentários: Segundo Sílvio Venosa
relaciona que ocorre a extinção da obrigação pela sua transferência, ou seja, a
transmissão da obrigação propter rem seguem o direito real, e extingue a
obrigação do antigo devedor.
d. Renúncia ao direito
real libera sempre o renunciante da obrigação propter rem.
Comentários: Segundo Silvio Rodrigues, o
que o faz devedor é a circunstância de ser titular do direito real, logo, o
devedor se libera da obrigação se renunciar a esse direito.
e. Para a
caracterização da obrigação propter rem importa identificar quem era o seu
titular à época do fato gerador.
Comentários: A obrigação propter rem não
provém da vontade do devedor, mas deriva, direta e exclusivamente, de sua
condição de ser titular de um direito real.
SEMANA 2
Caso Concreto
João, José e Júlio são
compossuidores de uma chácara indivisa localizada na Região Metropolitana de
Curitiba. No entanto, em outubro de 2011 João, sem consultar os demais
possuidores resolveu cercar uma fração ideal da propriedade, declarando a área
como exclusivamente sua. José e Júlio insurgiram-se contra a turbação e
solicitaram a retirada da cerca.
a) Classifique a posse
de João sobre a área cercada e explique as classificações escolhidas.
Resposta: inicialmente a posse é direta
( pois João e os demais compossuidores tem a coisa em seu poder,
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, art. 1197, CC); Justa
(a posse que não é violenta, clandestina ou precária, art. 1200 CC); e de
boa-fé ( aquela em que o possuidor se encontre na convicção inabalável de que a
coisa realmente lhe pertence, art. 1201, CC). Porém, quando cercou um pedaço da
área, a posse se tornou para João:
injusta (adquirida na clandestinidade, art.1201, CC); e de má-fé (pois
João tinha o conhecimento da sua ilegitimidade, art. 1201, CC).
b) José e Júlio podem
ser considerados compossuidores para fins de defesa da área comum pro indiviso?
Justifique sua resposta.
Resposta: Sim, a posse pro indiviso é a
composse de direito e de fato, art. 1.199, CC. Isso porque a coisa ainda não
foi partilhada por acordo ou acomodação natural entre os compossuidores. Cada
um pode exercer a posse sobre o todo e ademais um não pode excluir a posse do
outro. José e Júlio podem propor ação de manutenção de posse em face de João,
pois houve turbação da posse, art. 1210, CC .
Questão objetiva
1 Sobre as teorias subjetivista, objetivista e
eclética da posse é correto afirmar que: Resposta certa
e. O Código Civil consagra a teoria objetivista, embora em alguns artigos se
possam notar algumas concessões à teoria subjetivista presentes nos arts. 1238
e 1260.
Anotações sobre as teorias da posse:
Teorias da posse:
Teoria subjetivista ( defendida por Savigny).
A posse seria o poder físico sobre a coisa
por quem tem vontade de ser dono e se defende contra agressões.
Dois elementos:
a) Cunho objetivo (material) denominado de
corpus que é o poder físico sobre a coisa.
b) Cunho subjetivo chamado de animus, que é
a vontade de ser dono – animus domini -.
Devido ao elemento subjetivo, é necessário,
para configurar a posse, que o possuidor tenha vontade de ser dono da coisa, ou
seja, deve ter o bem em seu poder com a intenção de tê-lo para si. Logo, quem
compra um carro e o dirige, teria o animus domini. Não obstante, o locatário de
um apartamento, que o tem em razão da locação – o que exclui a vontade de ter a
coisa como própria -, não teria o animus e desta forma seria detentor.
Teoria objetivista (defendida por Ihering).
Para essa teoria a posse seria a
exterioridade, a visibilidade do domínio.
Dois elementos caracterizadores da posse:
a) Corpus: de cunho objetivo, consiste na atitude
de dono.
b) Animus: de cunho subjetivo, estaria
inserido no corpus, e se caracteriza por ser a vontade de proceder com relação
a coisa como procederia o dono.
O animus não é o animus domini (intenção de
dono), mas sim a intenção de possuir. Para essa teoria são possuidores, além do
dono (esteja a coisa distante ou não), o comodatário, o locatário, o
depositário, etc.
Questão objetiva 2
Sobre a classificação da posse, pode-se
afirmar que:
a. No usufruto a posse
direta é exercida pelo nu-proprietário.
Comentários: No usufruto a propriedade se
desmembra entre dois sujeitos: o nu-proprietário e o usufrutuário. Para o
primeiro, a propriedade fica nua, conservando apenas o direito de dispor e, em
função do princípio da elasticidade, a expectativa de reaver o bem. O segundo
detém o domínio útil da coisa, que se verifica nos direitos de uso, gozo e fruição.
Este desmembramento gera a posse direta para o usufrutuário e a indireta do
nu-proprietário.
b. O adquirente de
imóvel não gravado não pode exercer todos os poderes inerentes ao domínio uma
vez que sua posse não pode ser considerada plena.
Comentários: O imóvel gravado, limita os
poderes de inerentes ao domínio, qual seja, o de dispor do bem.
Resposta
correta c. Posse clandestina é a que se obtém sem o conhecimento do possuidor e
sorrateiramente e às escondidas.
d. Posse precária é a
que se adquire com a recusa da restituição da coisa, quando esta é entregue
para posterior devolução. Trata-se de posse em que o vício se caracteriza no
momento de sua aquisição.
Comentários: posse precária=Posse precária
é aquela que se origina do abuso de confiança por parte de quem recebe a coisa
com a obrigação de restitui-la, e depois, se recusa a fazê-lo. O vício se
caracteriza no momento da negativa da devolução.
e. A posse de boa-fé não pode em nenhuma
circunstância ser convertida em posse de má-fé.
Comentários: o Código Civil prevê que a
posse deixará de ser de boa-fé quando a situação indicar que o possuidor tinha
ciência de algum vício. Nesse sentido dispõe o art. 1202:
SEMANA 3
Caso Concreto
Carla e Josefina tinham
entre si um contrato de comodato verbal, pelo qual a primeira emprestou à
segunda uma casa localizada na Rua da Paz, por prazo indeterminado. Após cinco
anos de vigência do contrato, Josefina foi notificada para sua desocupação em trinta
dias, Vencido o prazo a comodatária não deixou o imóvel alegando que: o
comodato não aceita resilição unilateral e tem direito de retenção porque no
imóvel construiu (antes mesmo da notificação para devolução) uma garagem e uma
piscina para utilizar nos finais de semana e que ambos lhe geram também direito
à indenização. Diante dessa situação pergunta-se:
a) Pode o comodante
pedir a restituição do bem concedendo prazo ao comodatário para sua
desocupação? Explique sua resposta.
Resposta: Não, a resilição unilateral,
é uma das formas de extinção do comodato. Ocorre quando uma das partes decide,
por conta própria, terminar o contrato. Note que a resilição unilateral é do
comodatário. O comodante somente poderá pedir a resilição quando houver
urgência ou necessidade imprevista reconhecida pelo juiz, como preceitua o art.
581, CC.
b) Josefina tem direito
à indenização e a retenção pelas obras realizadas? Justifique sua resposta.
Resposta: O Art. 1.219 C.C, diz que o
possuidor de boa-fé tem direito à indenização, retenção e levantamento, quando
possível de todas as benfeitorias realizadas, porém, o art, 584, CC trás uma
ressalva nos contratos de comodato, vedando o comodatário de cobrar as despesas
feitas com o uso e gozo da coisa emprestada.
Questão objetiva 1
Com relação aos efeitos
da posse, analise as afirmativas a seguir.
I. O reivindicante, obrigado a indenizar as
benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor
atual e o seu custo. Art 1.222, CC
II. O possuidor de
má-fé sempre responde pela perda ou deterioração da coisa.
Comentários: . Art. 1.218, CC. O possuidor
de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais,
salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do
reivindicante
III. O possuidor de
má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que,
por sua culpa deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu a má-fé,
mas terá direito às despesas de produção e custeio. Art.1216,CC.
Assinale:
Resposta: c. se somente as
afirmativas I e III estiverem corretas.
Questão objetiva 2
Sobre os efeitos da
posse assinale a alternativa correta:
a.
O possuidor de boa-fé somente responde pela perda total ou parcial da coisa
quando culpado pela ocorrência.
Comentário: artigo 1217,CC. O possuidor de boa-fé não responde pela perda
ou deterioração da coisa, a que não der causa.
b. O possuidor de má-fé
tem direito à indenização exclusivamente das benfeitorias necessárias.
Comentários: terá direito somente ao
ressarcimento das benfeitorias necessárias, art. 1220,CC.
c. O possuidor de
boa-fé tem direito de retenção das benfeitorias necessárias.
Comentários: O possuidor de boa-fé tem
direito de retenção das benfeitorias necessárias e úteis. Art.1219,CC.
d. Havendo acessão
durante o período de posse poderá o possuidor pleitear a respectiva indenização
do proprietário.
Comentários: Sendo o possuidor de boa-fé
sim, a luz do Art. 1.255.CC. Aquele que
semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário,
as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a
indenização.
e. Havendo avulsão
poderá o possuidor pleitear a respectiva indenização do possuidor indireto.
PLANO DE AULA 4
Caso Concreto
Lucas preparando-se
para uma viagem de um mês solicitou ao seu amigo José Carlos que guardasse durante
esse período alguns pertences seus, a fim de evitar que fossem perdidos em
eventual furto à sua residência. Entre os pertences entregues a José Carlos
estavam: um automóvel, uma bicicleta, um computador e um tablet. José Carlos
receberá pela guarda dos bens durante o mês da viagem o equivalente a R$ 200,00
(duzentos reais). Enquanto Lucas estava viajando sua irmã procurou José Carlos
exigindo que lhe entregasse o computador, pois seria seu. José Carlos afirmou
ser impossível a entrega, pois nada tinha lhe sido comunicado por Lucas.
Priscila agrediu José Carlos física e verbalmente tentando fazer com que lhe
entregasse o computador. Pergunta-se: pode José Carlos fazer uso da autodefesa
dos bens? Explique sua resposta.
Resposta: Sim, permite a lei, a autotutela, conforme
preceitua o art. 1210, parágrafo primeiro do CC: O possuidor turbado ou esbulhado poderá
manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo. Os
atos de defesa, ou de desforço não podem ir além do indispensável à manutenção
ou restituição da posse.
Questão objetiva 1
A legislação estabelece
os modos de aquisição e perda da propriedade, cujo instituto é considerado o
mais amplo dos direitos reais, o mais completo dos direitos subjetivos, vez que
a grande maioria dos conflitos de interesses envolve disputas de natureza
patrimonial. Considerando a matéria acerca do instituto, avalie as seguintes
assertivas e escolha a alternativa CORRETA:
I. A perda da
propriedade imóvel pela renúncia se opera desde logo por qualquer modo expresso
que indique a vontade do renunciante.
II. A propriedade
imóvel se realiza independentemente de ato translativo do possuidor precedente,
se a aquisição não se der pelo modo derivado.
III. Se não houver
entendimento entre os donos de coisas confundidas, misturadas, ou adjuntadas, o
resultado do todo será dividido proporcionalmente entre eles, exceto se uma das
coisas for a principal, hipótese em que o dono desta sê-lo-á do todo, desde que
indenizado pelos demais.
IV. A propriedade é em
certa medida um direito ilimitado e por natureza irrevogável. Contudo, o
princípio da irrevogabilidade comporta exceções. A ordem jurídica admite
situações nas quais a propriedade torna-se temporária, hipótese em que uma vez
implementada a condição resolve-se a propriedade, resolvendo também os direitos
reais concedidos na sua pendência.
a. Apenas as assertivas
II e III estão corretas.
b. Apenas as assertivas
II e IV estão corretas.
c. Apenas a assertiva
IV está correta.
d. Todas as assertivas
estão corretas
Gabarito: B.
Questão objetiva 2
Sobre os modos de
aquisição e perda da posse, pode-se afirmar que:
a. Como se sabe, posse
é fato e não direito, por isso, o modo de aquisição não influência na
caracterização da posse, nem tampouco na proteção possessória. Os modos de
aquisição são importantes para a definição do momento em que se iniciou a
posse.
SEMANA 05
Caso Concreto
Afirmam Eroulths
Cortiano Junior e Jussara Maria Leal de Meirelles que a propriedade não é,
assim, uma qualidade do homem, mas uma necessidade! Ora, se todas as coisas são
objeto de um direito de propriedade, todas as coisas têm um proprietário. E até
mesmo as eventuais contradições do sistema são resolvidas de maneira simples.
Pergunta-se:
a) Se todas as coisas
têm dono, como explicar a ?res nullius?? Explique sua resposta e nela conceitue
?res nullius?.
RESPOSTA: Res nullius são as coisas sem dono, porque
nunca foram apropriadas (ex.: caça solta, peixes no mar, etc.). As coisas sem dono (res nullius) podem vir a
ser propriedade de alguém, pois se acham à disposição de quem as encontrar ou
apanhar.
b) O clássico conceito
de propriedade atende a demandas modernas? Explique sua resposta.
Resposta: A propriedade privada foi
concebida, desde a fundação do constitucionalismo moderno, como um direito
humano, absoluto, cuja função consiste em garantir a subsistência e a liberdade
individual contra as intrusões do Poder Público. O direito contemporâneo, dada
as novas demandas, passou a reconhecer
que toda propriedade tinha que ser dada uma destinação social. Deixando de
cumprir esse dever, o Poder Público pode expropriá-lo sem as garantias
constitucionais que protegem a propriedade como direito humano. Dessa maneira, o clássico conceito de
propriedade privada não atende as demandas modernas, isto pois foi conferida a
propriedade privada uma função social, onde descumprimento deste instituto,
perde o proprietário, as garantias possessórias que cercam, normalmente, o
domínio.
c) A função social pode
ser considerada elemento estrutural do direito de propriedade? Justifique sua
resposta.
Gabarito:
a) Se todas as coisas
têm dono, como explicar a ?res nullius?? Explique sua resposta e nela conceitue
?res nullius?. ?Res nullius? é coisa sem dono. Afirmam os autores citados que
como cada um tem a prerrogativa de apropriar-se dos objetos por ocupação, a
situação da ?res nullius não é mais do que transitória, está apenas à espera de
ser apropriada, o que por sinal, seria uma vocação natural da coisa,
justificado estaria assim o aparente paradoxo presente no Código Civil.
b) O clássico conceito
de propriedade atende a demandas modernas? Explique sua resposta. Afirmam os
autores citados que um direito patrimonial destinado a regular o acesso e a
utilização das coisas faz do mundo que nos rodeia um lugar fechado que se
partilha entre proprietários. Então, classicamente, a noção de propriedade
aparece atravessando todo nosso universo para manifestar um poder infindável do
homem sobre as coisas. Então, está o Direito Civil paradoxalmente contribuindo
para a mercadorização do homem, instituindo sua personalização, criando a
figura do sujeito de direito, com capacidade ilimitada de apropriação de
objetos. Dessa, forma, o processo de reificação das relações pessoais, em que o
sujeito de direito é livre e somente o indivíduo concreto é obrigado,
compreende-se como ao homem é dada a possibilidade de ceder-se como coisa
através de um contrato, por isso, nas atuais relações (em especial as
originadas da Biotecnologia) o conceito clássico de propriedade já não mais
atende às novas demandas e permite a reificação do ser humano.
c) A função social pode
ser considerada elemento estrutural do direito de propriedade? Justifique sua
resposta.
Resposta: A função social é da
estrutura, do próprio conteúdo, do direito de propriedade, além do poder de
polícia já existente, inserida na estrutura mesma da concepção e do conceito do
direito de propriedade, um elemento de transformação positiva que se põe a
serviço do desenvolvimento social. A norma que determina a função social da
propriedade se dirige diretamente ao proprietário e lhe obriga a exercer seu
direito, ou seja, a usar da coisa, quando assim lhe exige o bem comum, e lhe
obriga neste exercício a guiar-se não só por seus interesses privados, mas
também pelo da comunidade.
Questão objetiva 1
Com relação ao direito
de propriedade, direito real por meio do qual o proprietário tem a faculdade de
usar, gozar e dispor da coisa e o direito de reavê-la do poder de quem
injustamente a possua ou detenha, assinale a opção correta.
c. Caso o
invasor de solo alheio esteja de boa-fé e a área invadida exceda a vigésima
parte do solo invadido, o invasor poderá adquirir a propriedade da parte
invadida, mas deverá responder por perdas e danos, abrangendo os limites dos
danos tanto o valor que a invasão acrescer à construção quanto o da área
perdida e o da desvalorização da área remanescente.
Gabarito: C
(arts. 1228 e ss., CC).
Questão objetiva 2
O Código Civil
brasileiro considera fiduciária a:
Resposta: a.
propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de
garantia, transfere ao credor. (art. 1359 e ss., CC).
CASO 06
Caso Concreto
Júlio é proprietário de
um terreno cujos limites são demarcados por um pequeno córrego. Em setembro de
2011 obras da Prefeitura Municipal provocaram alteração permanente do curso
natural das águas o que promoveu a seca definitiva do leito do córrego. Júlio,
curioso por natureza, procura seu escritório, conta-lhe os fatos e lhe pergunta
a quem pertencerá o leito do córrego seco: à Prefeitura ou pode incorporar ao
seu terreno? Responda fundamentadamente a pergunta.
Gabarito:
Trata a hipótese de álveo abandonado, uma vez que o curso das águas foi
alterado pelo Poder Público. Portanto, pertencerá ao expropriante Júlio a
fração de terra (meio do álveo) correspondente ao álveo abandonado, art. 1212,
CC.
Questão objetiva 1
Sobre a aquisição da
propriedade imobiliária, pode-se afirmar que:
Reposta: c.
Via de regra a aquisição imobiliária se opera pela transcrição do título em
cartório do registro público e a mobiliária se faz pela tradição.
Questão objetiva 2
A Lei de Registros
Públicos (Lei no 6.015/73) estabelece que, apresentado o título ao registro
imobiliário, o oficial, havendo exigência a ser satisfeita, a indicará por
escrito. O apresentante do título, não se conformando com a exigência do
oficial ou não a podendo satisfazer, requererá que o oficial suscite a dúvida
imobiliária para o juiz dirimi-la, obedecendo-se o seguinte:
I. No
Protocolo, anotará o oficial, à margem da pré-notação, a ocorrência da dúvida.
III.
Impugnada a dúvida com os documentos que o interessado apresentar, será ouvido
o Ministério Público, no prazo de 10 (dez) dias.
V. Transitada
em julgado a decisão da dúvida, se for julgada procedente, os documentos serão
devolvidos ao apresentante, dando-se ciência da decisão ao oficial, para que a
consigne no Protocolo e cancele a Prenotação; se for julgada improcedente, o
interessado apresentará, de novo, o título, com o respectivo mandado judicial,
para que o oficial proceda ao registro anteriormente negado.
Semana 07
Caso Concreto
Manoel casou-se com
Joaquina no ano de 2004 e teve com ela dois filhos, Pedro e Luana. O casal
adquiriu um pequeno imóvel no bairro de Pitanguinha na cidade de Maceió, com
200 metros de área construída e nele passaram a residir. Além do imóvel, o
casal adquiriu dois veículos durante o trâmite da relação conjugal e ambos não
possuem outros bens imóveis. Joaquina passou a manter um relacionamento
extraconjugal com um companheiro de trabalho e abandonou o marido Manoel no
início do ano de 2012, mudando-se para o bairro do Farol, em Maceió. Manoel
passou, então, a exercer sem oposição a posse direta com exclusividade sobre o
imóvel de propriedade do casal no bairro de Pitanguinha, utilizando-o para sua
moradia, bem como de seus filhos Pedro e Luana. Pergunta-se: poderá Manoel
adquirir como de seus filhos Pedro e Luana. Pergunta-se: poderá Manoel adquirir
o direito integral desse imóvel? Em caso afirmativo, por quanto tempo teria que
exercer a posse sobre o bem? Explique suas respostas.
Gabarito:
Manoel poderá adquirir o domínio integral deste imóvel desde que sua posse seja
exercida sem oposição de Joaquina e com exclusividade por um prazo mínimo
ininterrupto de 02 anos conforme art. 1240-A, CC (usucapião familiar).
Questão objetiva 1
Assinale a alternativa
correta:
e. Na
usucapião coletiva, prevista na Lei nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade), como
regra geral, a cada possuidor será atribuída, por decisão judicial, igual
fração ideal de terreno.
Questão objetiva 2
Com relação à usucapião da propriedade imóvel,
assinale a opção correta.
e. Se
determinado condomínio for pro indiviso e a posse recair sobre a integralidade
do imóvel, é possível que um dos condôminos usucape contra os demais
comproprietários.
Semana 08
Caso Concreto
Mário, contumaz
receptador de veículos furtados, adquiriu um veículo Gol em fevereiro de 2003,
alterando-lhe a placa e o chassi. Desde então, Mário vem utilizando contínua e
ininterruptamente o veículo. No entanto, em maio de 2013 Mário foi parado em
uma blitz que apreendeu o veículo , mesmo tendo este afirmado que como já
estava na posse do bem há mais de dez anos, tinha lhe adquirido a propriedade
por usucapião. Pergunta-se: bens furtados ou roubados podem ser objeto de
usucapião por pessoa que conhece sua origem? Justifique sua resposta.
Gabarito: Mário
poderá adquirir a propriedade do veículo por meio de usucapião, ainda que
conheça a origem ilícita do objeto e desde que preenchidos os requisitos dos
arts. 1260 a 1264, CC (vide Apelação Cível 2002.020040-4, São Francisco do
Sul).
Questão objetiva 1
Sobre os modos de
aquisição da propriedade mobiliária, pode-se afirmar que:
c. Haverá
especificação nos casos de escultura em relação à pedra nela utilizada, por
isso, a espécie nova surgida será de propriedade do escultor.
Questão objetiva 2
Sobre a descoberta e
ocupação, é correto afirmar que:
b. Para
efetivar-se a ocupação é essencial a apreensão da coisa com as próprias mãos.
SEMANA 09
Caso Concreto
Uma confecção de São
Paulo encomendou a uma outra empresa a confecção de diversas etiquetas para
serem acrescentadas aos seus produtos. Quanto às etiquetas, após costuradas nos
produtos, pode-se afirmar que houve o fenômeno da adjunção ou da especificação?
Justifique sua resposta.
Gabarito: A
adjunção é a reunião de duas coisas, pertencentes a diferentes donos, em um só
todo, pois cada uma dessas coisas forma uma parte distinta e reconhecível.
Portanto, é possível afirmar que houve adjunção na hipótese analisada, conforme
art. 1274, CC.
Questão objetiva 1
Sobre as causas de
perda da propriedade, pode-se afirmar que:
e. Não há
direito sem objeto, portanto, perecendo a coisa móvel ou imó vel extinta estará
a respectiva propriedade. (art. 1275, IV, CC).
Questão objetiva 2
Sobre a desapropriação
é correto afirmar que:
b. Todos os
bens móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos, podem ser objeto de
desapropriação. No entanto, os direitos de personalidade não são passíveis de
desapropriação.
Gabarito: B
SEMANA 10
Caso Concreto
Sônia e Heloisa são
vizinhas há alguns anos. No entanto, Sônia tem reclamado constantemente à
Heloisa de grimpas e galhos que caem da araucária localizada no terreno de
Heloisa, em dias de chuvas ou vendavais. Sônia solicita a remoção da árvore,
mas recebe de Heloisa a informação de que a árvore é protegida por lei
municipal de Curitiba e que nada pode fazer a respeito. Sônia, inconformada com
a resposta, acreditando estar havendo mau uso da propriedade, procura seu
escritório e pergunta: quem tem razão? Explique sua resposta.
Gabarito:
embora a lei municipal vede a remoção de araucárias na cidade, a vedação não é
absoluta. No entanto, não havendo comprovação de prejuízos e sendo negativos os
laudos de bombeiros, IBAMA e Secretaria do Meio Ambiente a árvore não poderá
ser removida, devendo Sônia conviver com a sujeira, vez que se trata de árvore
em extinção. A queda de galhos e grimpas quando ocorre em situações
excepcionais não caracteriza mau uso da propriedade a ponto de autorizar a
derrubada de árvores (vide Apelação Cível 2006.015061-9 TJSC).
Questão objetiva 1
O direito de superfície
é concedido a outrem pelo:
d.
proprietário, caracterizado pelo direito de construir ou de plantar em terreno
do concedente, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente
registrada no Cartório de Registro de Imóveis.(arts. 1253 e
ss., CC).
Questão objetiva 2
Norma alugou um
apartamento no primeiro andar de um prédio e, dois dias após sua mudança,
sentiu-se incomodada por ruído excessivo. Apurou o fato e descobriu que o ruído
advinha de um assoalho de madeira instalado em apartamento do terceiro andar.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
b. A ação
cabível deve versar sobre direito de vizinhança, sendo que a responsabilidade
pelo distúrbio deve ser apurada sob o critério objetivo. (art. 1277, CC).
SEMANA 11
Caso Concreto
Ricardo, Pedro, José,
Maurício e Douglas são proprietários de um imóvel residencial indivisível,
situado em bairro nobre de São Paulo, avaliado em aproximadamente R$
2.000.000,00. Ricardo e Pedro querem vender o imóvel e desfazer o condomínio.
Thalula, empresária, se interessa pelo imóvel e oferece aos condôminos a
quantia de R$ 2.100.000,00. Contudo, José, Maurício e Douglas pretendem exercer
o direito de preferência assegurado por lei, igualando a oferta de Thalula.
Neste caso, entre estes condôminos, a preferência para aquisição do imóvel será
primeiramente conferida quem? Explique sua resposta.
Gabarito: O
direito de preferência deverá ser conferido àquele que tiver as benfeitorias
mais valiosas de acordo com o art. 504, CC.
Questão objetiva 1
Na tutela dos direitos
reais, distingue-se a proteção à posse daquela conferida especificamente ao
domínio. Entretanto, admite o ordenamento jurídico brasileiro a tutela daquela
com fundamento neste. Assim, considerando-se a disputa da posse com base no
domínio, é CORRETO no direito brasileiro:
d. O pleito
de posse fundado no domínio tem natureza petitória em razão da causa de pedir,
além do pedido.
Questão objetiva 2
Silvana, Teresa e Sandra adquiriram uma casa
em região praiana com o objetivo de lá se hospedarem em finais de semana,
férias e feriados, exceto no período de março a agosto, em que nenhuma das três
utilizará a casa. Diante dessa situação, assinale a opção correta.
e. Caso
Sandra contraia dívida em proveito do condomínio durante sua estada no imóvel,
só ela ficará obrigada ao pagamento diante do terceiro. (art. 1318, CC)
SEMANA 12
Caso Concreto
Durante assembleia
realizada em condomínio edilício residencial, que conta com um apartamento por
andar, Giovana, nova proprietária do apartamento situado no andar térreo,
solicitou explicações sobre a cobrança condominial, por ter verificado que o
valor dela cobrado era superior àquele exigido dos demais condôminos. O síndico
prontamente esclareceu que a cobrança a ela dirigida é realmente superior à
cobrança das demais unidades, tendo em vista que o apartamento de Giovana tem
acesso exclusivo, por meio de uma porta situada em sua área de serviço, a um
pequeno pátio localizado nos fundos do condomínio, conforme consta nas
configurações originais do edifício devidamente registradas. Desse modo,
segundo afirmado pelo síndico, podendo Giovana usar o pátio com exclusividade,
apesar de constituir área comum do condomínio, caberia a ela arcar com as
respectivas despesas de manutenção. Em relação à situação apresentada está
correta a cobrança apresentada à Giovana? Justifique sua resposta.
Gabarito: As
despesas poderão ser cobradas de Giovana uma vez que ela possui uso exclusivo,
conforme art. 1340, CC.
Questão objetiva 1
Os moradores do
Condomínio de apartamentos ?Pássaros Raros? localizado no Município de João
Pessoa, pretendem construir no interior do Condomínio uma fonte de água, de
grande porte e adequada iluminação visando o embelezamento do hall social.
Segundo o Código Civil brasileiro, a realização desta obra:
d. depende de
voto de dois terços dos condôminos. (art. 1341, I, CC).
Questão objetiva 2
Em relação ao
condomínio edilício, assinale a alternativa correta.
d. As
despesas originadas pelo condomínio edilício, a serem suportadas pelos
condôminos, não devem ser consideradas relações de consumo, não se aplicando,
portanto, as regras do Código de Defesa do Consumidor.
SEMANA 13
Caso Concreto
Noêmia, proprietária de
uma casa litorânea, regularmente constituiu usufruto sobre o aludido imóvel em
favor de Luísa, mantendo, contudo, a sua propriedade. Inesperadamente,
sobreveio uma severa ressaca marítima, que destruiu por completo o imóvel.
Ciente do ocorrido, Noêmia decidiu reconstruir integralmente a casa às suas expensas,
tendo em vista que o imóvel não se encontrava segurado. Noêmia poderá cobrar as
benfeitorias de Luísa? Justifique sua resposta.
Gabarito:
Noêmia não poderá cobrar as benfeitorias da usufrutuária Luísa uma vez que a
destruição da propriedade (sem culpa do proprietário) e a sua reconstrução
exclusivamente às expensas do proprietário gerou a extinção do usufruto,
consolidando-se a propriedade em favor de Noêmia, conforme art. 1.408, CC.
Questão objetiva 1
Assinale a alternativa correta:
a. O
usufrutuário pode alugar o imóvel sob o qual detém o usufruto, e a renda deste
obtida reverte em seu favor. (art. 1394 e ss., CC).
Questão objetiva 2
Caio, com justo título
e boa-fé, pretende registrar determinada servidão imobiliária, aduzindo
exercício incontestado e contínuo. Para que seja reconhecido o seu direito, o
prazo para o exercício, segundo as regas do Código Civil, será de:
d. dez anos
(art. 1379, CC).
SEMANA 14
Caso Concreto
João, pretendo alienar
seu imóvel rural a seu vizinho José, firma contrato de compromisso de compra e
venda com este. Por ocasião da transmissão da posse, José exige de João, além
da entrega relacionada ao imóvel, um trator e equipamentos de utilização na
lavoura, que João mantinha no local. Diante dos fatos narrados, deverá João
realizar a entrega? Fundamente sua resposta.
Resposta:
João não precisa entregar o trator e os demais, uma vez que, considerados
pertenças estas, só seguem o principal havendo previsão expressa.
Questão objetiva 1
Quanto aos efeitos dos
direitos reais de garantia, assinale a opção correta.
e. O credor
tem o direito de penhorar o imóvel afetado ao pagamento da dívida de quem quer
que o detenha.
Questão objetiva 2
Por meio de uma
promessa de compra e venda, celebrada por instrumento particular registrada no
cartório de Registro de Imóveis e na qual não se pactuou arrependimento,
Juvenal foi residir no imóvel objeto do contrato e, quando quitou o pagamento,
deparou- se com a recusa do promitente-vendedor em outorgar-lhe a escritura
definitiva do imóvel. Diante do impasse, Juvenal poderá
a. Requerer ao juiz a
adjudicação do imóvel, a despeito de a promessa de compra e venda ter sido
celebrada por instrumento particular.
SEMANA 15
Caso Concreto Marcos e
Camila possuem conta poupança conjunta tendo sido esta surpreendida pelo penhor
em favor do Banco Poupe Aqui da totalidade do saldo da poupança. Alega o banco
que os titulares da conta poupança são solidários entre si e, por isso,
possível o penhor da totalidade do saldo como garantia de uma dívida contraída
por Marcos. Pergunta-se: há solidariedade entre os titulares da poupança
conjunta? Explique sua resposta e nela destaque se o penhor realizado pelo
Banco é válido.
Resposta: Os
titulares da conta poupança , são credores solidários do banco, mais não podem
ser considerados devedores solidários, a solidariedade não se presume. Art.
1420 C.C
)
Questão objetiva 1
Sobre hipoteca, analise
as assertivas abaixo:
III. O adquirente
do imóvel hipotecado, desde que não se tenha obrigado pessoalmente a pagar as
dívidas aos credores hipotecários, poderá exonerar-se da hipoteca, abandonando-lhes
o imóvel.
Questão objetiva 2
A anticrese constitui:
b. Direito
real de garantia. Art. 1419 C.C
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