casos concretos de direito Penal
caso CONCRETO
Adamastor Vale foi condenado como incurso nas
sanções do artigo 121,§2º, inciso IV, do Código Penal por ter
matado Anatalino da Silva, utilizando de recurso que impossibilitou a
defesa da vítima, desferindo pauladas no ofendido, causando-lhe as lesões
descritas no auto de necropsia de fls. 19 do Inquérito Policial, que foram a
causa de sua morte. Na ocasião, o denunciado utilizando-se de um pedaço de
madeira, uma “trama” para cerca, desferiu pauladas na vítima, quando esta tentava
se retirar do pátio da residência do acusado. Por outro lado, não se pode
deixar de registrar que, momentos antes do fato, a vítima estaria embriagada no
pátio da casa do réu, proferindo diversas ofensas verbais a ele e sua cunhada,
além de tentar invadir sua residência e agredi-los fisicamente, razão pela
qual, Adamastor Vale interpôs
recurso de apelação com vistas ao reconhecimento da
nulidade da decisão proferida pelo Tribunal do Júri por não ter sido formulado
quesito relativo à forma privilegiada do delito, consoante entendimento
sumulado pelo Supremo Tribunal Federal (Verbete de Súmula n.162), pedido
julgado improcedente, haja vista a tese relativa à forma privilegiada do
ilícito não ter sido ventilada pela defesa técnica em nenhum momento processual,
nem mesmo no julgamento em plenário, ocasião em que propugnou apenas pelo
afastamento da qualificadora e pela absolvição.
Sucessivamente:
1.
Arguiu o
reconhecimento da causa de diminuição de pena (privilégio).
Resposta:
Deve ser anulado o julgamento; revista a possibilidade de privilegio, porém no
caso concreto não há que se falar no privilegio por violenta emoção.
2.
Afastamento
da hediondez do delito.
Resposta:
Cabível somente no crime hediondo que é qualificado.
A partir do caso concreto narrado e dos estudos
realizados sobre a teoria da pena, os crimes contra a vida e os institutos
repressores da lei de crimes hediondos (Lei n.8072/1990) analise a procedência
dos pedidos sucessivos.
QUESTÃO OBJETIVA
1) Com relação ao delito de homicídio,
analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I. Segundo a jurisprudência do STJ é admissível o
concurso entre o homicídio privilegiado e qualificado, desde que, as
qualificadoras tenham natureza objetiva, sendo, neste caso, caracterizado como
delito hediondo. II. O homicídio praticado em atividade típica de grupo
de extermínio, ainda que na forma simples, poderá ser considerado
hediondo, consoante expressa previsão legal na Lei n.8072/1990. III. No
caso de um delito de homicídio ser praticado em concurso de pessoas no qual
haja um contrato para o pagamento, tanto o contratante, quanto o executor do
homicídio que receber o pagamento, obrigatoriamente, serão responsabilizados
pelo homicídio qualificado pela torpeza, consoante o disposto no art.30, do
Código Penal. IV. O instituto do perdão judicial aplica-se aos crimes de
homicídio culposo previstos no Código Penal e na Lei n.9503/1997 (CTB) e
configura-se como direito público subjetivo do réu de caráter unilateral, no
qual o Estado-juiz deixa e aplicar a pena em circunstâncias expressamente
previstas em lei.
Estão corretas apenas:
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, II e III.
2 ) CASO CONCRETO
Justiça manda a júri desempregada que fez autoaborto. Fonte:
OABRJ DIGITAL. NOTÍCIAS. Disponível em:
http://www.oabrj.org.br/noticia/72175-justica-manda-a-juri-desempregada-que-fez-autoaborto,
04/06/2012 – 11h42 Fonte: jornal O Estado de S. Paulo Uma mulher de
37 anos, que cometeu um autoaborto em 2006, vai a júri popular.
Dependente de drogas, desempregada e mãe de dois filhos, ela foi denunciada
pelo Ministério Público, absolvida em primeira instância, mas terá de sentar no
banco dos réus por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, que
atendeu ao recurso da promotoria. Keila Rodrigues mora em Paulo de Faria, uma
cidadezinha no interior de São Paulo com pouco mais de 8,5 mil habitantes,
distante 150 quilômetros de São José do Rio Preto. Ela pagou R$ 100 por dois
comprimidos Cytotec, um abortivo de uso restrito, comprados
clandestinamente. No dia 31 de outubro de 2006, grávida de cinco meses, ela foi
até o Hospital de Base de Rio Preto e colocou os comprimidos na vagina. Pouco
tempo depois, passou a ter fortes contrações e precisou ser internada imediatamente.
Como a gravidez era avançada, o feto não foi expulso naturalmente, e Keila
entrou em trabalho de parto antecipado. O bebê - que recebeu o nome de Amanda -
nasceu de parto normal no dia 2 de novembro, pesando 615 gramas. A menina viveu
por 20 dias, mas não resistiu. Morreu em decorrência de uma infecção neonatal,
provocada pela prematuridade extrema. O caso foi parar na polícia depois que
uma enfermeira do hospital registrou uma queixa contra Keila numa delegacia. A
atitude da enfermeira é condenada pelo Ministério da Saúde na nota técnica
Atenção Humanizada ao Abortamento e pelo Código de Ética de Profissionais da
Enfermagem. O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério Público, que
entrou com uma denúncia formal contra Keila na Justiça. Sem
dinheiro para contratar advogado, Keila
recebeu o benefício da assistência gratuita - uma parceria da Defensoria
Pública com a Ordem dos Advogados. A advogada Maria do Carmo
Rocha Chareti foi então nomeada para defender Keila no processo. E
ela mesma teve dificuldade para localizar a acusada. "Keila mora nas ruas.
É pobre, alcoólatra, dependente de drogas. Nos vimos uma única vez antes da
audiência com a juíza", conta. Na audiência, Keila compareceu
aparentemente alcoolizada - o que, segundo Maria do Carmo, demonstra as
condições precárias em que vive. Ela confirmou que tentou praticar o aborto,
mas disse estar "profundamente arrependida". Diante da situação,
Keila foi absolvida sumariamente pela juíza Milena Repuo Rodrigues, que
entendeu que, diante das condições expostas por Keila, a conduta dela foi
legítima e ela não poderia ser responsabilizada pelo crime de prática de
aborto. Recurso. O promotor Marco Antônio Lélis Moreira, no entanto,
não ficou satisfeito com a absolvição e recorreu ao Tribunal de Justiça. Na
argumentação, Moreira diz que não há dúvida de que houve o aborto. E emenda:
"É lamentável, em pleno século 21, uma mulher experiente não se utilizar
dos meios impeditivos de uma gravidez para depois, grávida, escolher a via
criminosa do aborto e encontrar a benevolência do magistrado". Em
entrevista ao Estado, o promotor Moreira diz que fez a denúncia contra Keila
porque ela já tinha antecedentes criminais e porque ela não apresentou provas
suficientes para demonstrar que vivia em condições subhumanas e seus
dois filhos estavam sob a guarda da avó. "Além disso, ela confessou ter
cometido o aborto. Essa ação vai servir de exemplo para a juventude da cidade
prevenir a gravidez", afirmou o promotor. "No júri vou pedir a
condenação de Keila como forma de prevenção geral. É uma punição moral para que
as pessoas entendam que o aborto é criminoso", diz Moreira, admitindo que
é raro que casos de aborto sejam denunciados e terminem em júri. A advogada
Maria do Carmo diz que ficou surpresa com a decisão do TJ de mandá-la para júri
popular. "Keila está arrependida. Tenho certeza de que os jurados vão
absolvê-la."
A partir do caso concreto narrado e dos estudos
realizados sobre os crimes contra a vida, identifique:
a.
As
figuras típicas do delito de aborto.
RESPOSTA: Auto-aborto (ART. 124
CP) – Keila pagou R$ 100 por dois comprimidos Cytotec, um abortivo de uso
restrito, comprados clandestinamente. Aborto praticado por terceiro c/ o
consentimento da gestante (ART. 126) - No dia 31 de outubro de 2006, grávida de
cinco meses, ela foi até o Hospital de Base de Rio Preto e colocou os
comprimidos na vagina.
b.
O
momento consumativo do delito de aborto. Responda de forma objetiva e
fundamentada.
RESPOSTA: Consuma-se no momento da
eliminação intra-uterina, independentemente da expulsão do feto do útero
materno. Configura-se como delito material.
c.
O fato da
criança ter nascido e vindo a falecer após 20 dias de seu nascimento
descaracteriza o delito de aborto? Responda de forma objetiva e
fundamentada.
RESPOSTA: A causa morte da eliminação da
vida teve origem quando esta vida ainda era intra-uterina, se é
irrelevante se há expulsão do feto ou não, por conseguinte, não há diferença se
a eliminação da vida se dá dentro ou fora do útero. A criança veio a óbito 20
dias depois, em decorrência de condutas praticadas quando ainda era
vida intra-uterina, logo a eliminação da vida da criança caracteriza o
delito de aborto. ART. 13, CAPUT CP. Teoria da equivalência das condições.
QUESTÃO OBJETIVA :
1) Marcos e Rodrigo instigaram Juarez, que sofria
de depressão, a cometer suicídio, pois, na condição de herdeiros do último,
pretendiam a morte do mesmo por interesses econômicos. Ainda que Juarez tenha
admitido firmemente a possibilidade de eliminar a própria vida, não praticou
qualquer ato executório. Diante desse contexto, Marcos e Rodrigo: (FCC - 2014 -
DPE-RS - Defensor Público).
a) poderiam ter a pena reduzida de 1/3 a 1/2, se a
pretensão tivesse caráter humanitário, de piedade, e a morte tivesse se
consumado.
b) deverão responder por tentativa de homicídio,
visto que a ideia de ambos era eliminar a vida de Juarez para posterior
enriquecimento.
c) serão responsabilizados pelo crime previsto no
art. 122 do Código Penal, com redução da pena pelo fato de a vítima não ter
atentado contra a própria vida, já que para a consumação do delito basta a mera
conduta de instigar.
d) não responderão pelo crime de
instigação ao suicídio, pois não houve morte ou lesão corporal de natureza
grave na vítima. e) responderiam por instigação ao suicídio, caso, no
mínimo, Juarez atentasse contra a própria vida e tivesse ocasionado lesões
corporais leves em seu corpo.
3 ) CASO CONCRETO:
Deyse Neves foi denunciada como incursa no
delito tipificado no art. 1º, II, da Lei n.9455/1997, por ter havido, mediante
a utilização de uma escova de cabelo de cabo de madeira e correia de cinto,
agredido seu filho Wallace, de três anos de idade. Em juízo, confessou a ré ter
tido como motivo das agressões físicas o negativa de seu filho em
utilizar o banheiro para a realização de suas necessidades, bem como sua
“pirraça” ao fazê-las no chão da sala de casa (fls.132/133). Restadas
comprovadas autoria e materialidade das agressões e, consectárias lesões à
integridade física da criança, o Ministério Público entendeu estarem presentes
os elementos configuradores do delito de tortura e não do delito
de maustratos, previsto no art.136, do Código Penal.
Ante o exposto com base nos estudos realizados
sobre o tema, indique, fundamentadamente, a correta tipificação à conduta
de Deyse Neves, bem como diferencie os delitos supracitados.
R: A questão versa sobre delito de
tortura e maus tratos. Segundo TJRJ provada a autoria e materialidade das
ofensas a integridade física da criança praticada pelo apelante e terceira
pessoa. No crime de maus tratos a o indispensável
Animus corrigendi vel disciplinand, enquanto no delito de
tortura a intenção é fazer com que a pessoa sofra, passando por suplício,
causando padecimento. No delito previsto na lei especial o fim é a tortura, a
utilização das agressões físicas e mentais. Já nos delitos de maus tratos a
finalidade é a correção, podendo ter como meio o uso exagerado e inexplicável
da violência.
QUESTÕES OBJETIVAS
(UNEB - 2014 - DPE-BA - Estágio Jurídico -
Defensoria Pública) “Uma criança de um 1 ano e 9 meses morreu após
ser atropelada pelo próprio pai na zona sul de Porto Alegre, no início da tarde
desta segunda-feira (30). Conforme a Polícia Civil, o pai, de 31 anos, estava
saindo de ré da garagem de casa e não viu o menino, que foi atingido pelo
veículo. O atropelamento aconteceu na Rua Dona Mariana, na Restinga. A
criança foi encaminhada para o Hospital Moinhos de Vento da Restinga, mas não
resistiu aos ferimentos e morreu. A Delegacia de Trânsito instaurou inquérito
para investigar o caso. O pai e um tio da criança, que presenciou o ocorrido,
prestaram depoimento durante a tarde”. (ATROPELO . Dísponivel em:
< gaucha.clicrbs.com.br>. Acesso em: 30 dez. 2013). Na hipótese narrada,
o pai da criança responderá criminalmente por:
a) lesão corporal seguida de
morte.
b) lesão corporal seguida de morte, na
hipótese preterdolosa.
c) homicídio culposo, porém será possível
a extinção da punibilidade pelo perdão judicial.
d) homicídio culposo, porém será possível a
extinção da punibilidade pelo perdão do ofendido. e) homicídio
culposo e lesão corporal culposa, porém será possível a extinção da
punibilidade pelo perdão do ofendido.
2) Sobre os crimes de abandono de
incapaz e exposição ou abandono de recém-nascido, analise as assertivas
abaixo:
I. o delito de exposição ou abandono de
recém-nascido, em face da pena, admite a transação penal prevista na Lei n.9099/1995
– Juizados Especiais Criminais.
II. consumam-se com a efetiva exposição ou
abandono, desde que resulte perigo concreto à vida ou à saúde da
vítima.
III. em relação ao sujeito ativo do delito
configuram delitos especiais próprios.
IV. o delito de exposição ou abandono de
recém-nascido pode ser praticado por terceiro como forma de auxílio ao pai ou à
mãe, não, contudo, pelo terceiro, diretamente, sem a participação do pai ou da
mãe.
Estão certos apenas os itens:
a)
I e II.
b)
I, II e III.
c)
I, III e IV.
d)
I e IV.
4 ) CASO CONCRETO
O gerente da empresa XYZ Ltda., pretendendo que a
empregada Rosa das Neves, portadora de deficiência física, apresentasse sua
demissão, passou a afirmar que ela estava desviando dinheiro do caixa e que
fazia uso dos recursos para manter sua relação extraconjugal com um colega de
trabalho. Estas afirmações foram realizadas reiteradamente para todos os
colegas, por mais de três meses, levando Rosa a sentir-se em um ambiente de
trabalho insustentável. O Juiz do Trabalho reconheceu a prática de assédio
moral e determinou a expedição de ofício para apuração de delitos. (TRT 14R -
2014 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Juiz do Trabalho MODIFICADA). A
partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra
a honra:
a)Avalie a possibilidade de concurso de crimes
entre os delitos de calúnia, difamação e injúria quando praticados no mesmo
contexto fático.
Resposta: Todos serão crimes contra a honra
objetiva e subjetiva.
b) Identifique as consequências
jurídico-penais caso o gerente promova a retratação antes da prolação da
sentença.
Resposta: Tem que observar o
contraditório dos depoimentos.
c) O fato de Rosa das Neves ser portadora de
deficiência física possui relevância para a tipificação da conduta do
gerente?
QUESTÕES OBJETIVAS
1) Com relação aos delitos contra a honra,
leia atentamente as situações hipotéticas apresentadas
abaixo:
I. Funcionário público oferece representação contra
colega entendendo-se ultrajado na sua honra, (em sua dignidade). Acionado
criminalmente, o colega retratou-se. A referida retratação é irrelevante para o
Direito Penal.
II. Um indivíduo comparece à Delegacia Policial e
oferece notícia de crime em face de terceiro, um desafeto seu, sendo certo que
o noticiante imputou ao noticiado crime de que o sabia inocente. Em decorrência
da referida notícia foi instaurado inquérito policial. Neste caso, a conduta do
noticiante encontra-se incursa no tipo penal da calúnia.
III. Um indivíduo, maior e capaz, com o ânimo de
ridicularizar um vizinho, portador de deficiência mental, o xinga de “idiota
bobalhão”. Arrasado com a ofensa chora e conta aos seus pais e amigos que foi
“humilhado”. Neste caso é correto afirmar que a conduta deste indivíduo será
tipificada como injúria discriminatória.
IV. Dois indivíduos, por motivo irrelevante,
iniciam violenta discussão em um bar, no curso da qual um deles, despeja um
copo de cerveja na cabeça do outro. A sua conduta configura a contravenção
penal de vias de fato. Estão certos apenas os itens:
A) I e II.
B) I, e III.
C) I, II e III IV.
D) I, II e IV.
2) Em cada uma das opções abaixo, é
apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada de
acordo com as disposições incriminadoras contidas no CP sobre os crimes contra
a honra. Assinale a opção em que a assertiva está correta.
I. Jonas, em conversa com vários colegas de
trabalho, entre eles Hercílio, seu desafeto, referiu-se a este dizendo “você é
ladrão e hipócrita”. Nessa situação, a frase proferida por Jonas configura os
delitos de calúnia e difamação em concurso formal, com causa de aumento de pena
prevista na parte especial do CP.
II. Adalto é negro e jogador de futebol
profissional. Durante uma partida é chamado pelos torcedores do time adversário
de macaco e lhe são atiradas bananas no meio do gramado. Caso sejam
identificados os torcedores, é correto afirmar que, em tese, responderão pelo
crime de injúria racial, nos termos do art. 140, § 3.º do Código
Penal. ]
III. Mariana entra em sala de aula e percebe que
Jonas mexe na bolsa de Luiza. Jonas, na verdade, pegava na bolsa de Luiza um
remédio, contando com a autorização da moça. Pouco tempo depois Luiza retorna para
a sala e descobre que seu celular foi furtado. Mariana conta para todos que o
autor da subtração foi Jonas, pois ela acreditava sinceramente que tivesse sido
o rapaz, no entanto essa imputação foi falsa, porque logo depois se descobriu o
celular em posse de um outro aluno na sala. A partir da premissa de que Jonas
tomou conhecimento das declarações feitas é correto afirmar que a conduta de
Mariana configura os delitos de calúnia e injúria.
IV. Clerivaldo, perante várias pessoas,
afirmou falsamente que Marcelino, funcionário público aposentado, explorava a
atividade ilícita do jogo do bicho, quando exercia as funções públicas. Ante a
imputação falsa, é correto afirmar que Clerivaldo cometeu o crime de
difamação, admitindo-se a exceção da verdade.
Estão certos apenas os itens:
A) I e II.
B) I, e III.
C) I, II e III IV.
D) I, II e IV
5 ) CASO CONCRETO
Walter Weber, conhecido por seu comportamento
agressivo, foi denunciado e condenado como incurso nas sanções do art. 147 do
Código Penal, a uma pena de 03 (três) meses de detenção, substituída por uma
pena restritiva de direitos, consistente na prestação de serviços à comunidade,
durante três meses, à razão de 07 (sete) horas semanais, por ter havido, no dia
05 de maio de 2010, por volta das 19 horas, ameaçado
sua ex companheira Jacinta Silva, por meio da utilização de um facão.
A referida conduta teve por elemento propulsor o fato de Walter não aceitar a
separação do casal. Consoante provas testemunhais (fls.101/102) dos vizinhos,
que a tudo assistiram, haja vista a conduta de Walter ter sido praticada no
portão da garagem da casa do então casal, Walter teria ameaçado Jacinta de
matá-la caso a visse com outro homem. Inconformado com a decisão interpôs
recurso inominado, com vistas à reforma da decisão e consequente absolvição por
insuficiência de provas, bem como sustentou, que o fato não passara de uma mera
“discussão entre marido e mulher” não tendo a mulher prestado
“queixa”.
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados
sobre os crimes contra a liberdade individual,
identifique.
a)Os elementos da figura típica de ameaça e
seu momento consumativo. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: a ameaça é um delito formal, e
que o momento consumativo de tal delito coincide com o momento em que
a própria ameaça chega ao conhecimento daquele a quem é feita. O mal ameaçado
deve ser futuro, porque da ameaça de um mal presente não pode surgir restrição
à liberdade individual, cessando qualquer receio por isso que à ameaça não se
seguiu o ato. Para que a ameaça seja punível, é necessário que dela tome
conhecimento a pessoa ameaçada e é indispensável que a ameaça seja séria, de
modo a inspirar o receio de um atentado.
b. A natureza da ação penal aplicável ao caso.
Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: Trata-se de um crime de ação
penal pública condicionada, ou seja, somente se procede mediante representação
QUESTÕES OBJETIVAS
Uma mulher apaixonada por um homem que inobstante
tentar conquistá-lo de todas as formas, não consegue lograr êxito em seu
intento. Assim, sendo, de porte de uma arma de fogo, empregando ameaça, obriga
o homem indefeso à prática de relações sexuais, restando consumado, portanto o
crime de: (Prova: CRSP - PMMG - 2014 - PMMG. Modificada)
a) Constrangimento ilegal.
b) Violação sexual mediante
fraude.
c) Ameaça.
d) Estupro.
2) Manoel invadiu o computador de Paulo sem
autorização deste e alterou várias informações do proprietário do computador,
inclusive violando indevidamente seu mecanismo de segurança, em troca de um
carro. Assim, Manoel: (Prova: FUNCAB - 2013 - PC-ES).
a) não praticou crime.
b) praticou o crime de invasão de
dispositivo informático (artigo 154-Ado CP).
c) praticou o crime de estelionato (artigo 171 do
CP).
d) praticou o crime de inserção de dados falsos em
sistema de informação (artigo 313- Ado CP).
e) praticou o crime de modificação
ou alteração não autorizada de sistema de informações (artigo 313-B do
CP).
6 CASO CONCRETO
Roberto Carlos, profissional autônomo, conhecido na
pequena cidade em que trabalha pela qualidade de seus serviços nas reformas de
cozinhas e banheiros foi surpreendido em determinado dia, durante o horário de
almoço, pela subtração de sua máquina de cortar cerâmica. Desesperado por
tratar-se de maquinário indispensável à sua atividade laborativa perguntou a
todos os conhecidos sobre o ocorrido. Alguns dias após a subtração encontrou a
máquina jogada à porta da casa na qual estava trabalhando. Os moradores da casa
viram quando um homem, identificado posteriormente como Leozinho, a jogou na
porta e saiu correndo. Dos fatos, Leozinho restou denunciado pela conduta
incursa no art.155, caput, do Código Penal. Inconformado alegou em defesa a
aplicação do princípio da insignificância com vistas à exclusão da tipicidade
material de sua conduta e, sucessivamente, a isenção de pena em decorrência da
devolução da máquina e consequente ausência de prejuízo a Roberto
Carlos.
A partir do caso concreto narrado e dos estudos
realizados sobre o crime de furto, responda de forma objetiva e
fundamentada:
a) A defesa deve prosperar?
Resposta: Não caberia a aplicação do
princípio da insignificância porque a conduta causou grande prejuízo ao
proprietário da máquina.
b) O fato de Leozinho ter restituído a máquina de
cortar cerâmica poucos dias após a subtração possui alguma relevância
jurídico-penal? Caso a res furtiva fosse restituída no curso da ação penal
a reposta seria a mesma?
Resposta:Sim, caberá a aplicação do art.16 ,houve
arrependimento posterior, podendo a pena ser reduzida de um a dois
terços.
Não,pois para configurar arrependimento, a
restrição do bem deve ocorrer, ate o recebimento
da denuncia ou queixa.
QUESTÕES OBJETIVAS
1) No dia 14 de setembro de 2014, por volta
das 20h, José, primário e de bons antecedentes, tentou subtrair para si,
mediante escalada de um muro de 1,70 metros de altura, vários pedaços de fios
duplos de cobre da rede elétrica avaliados em, aproximadamente, R$ 100,00 (cem
reais) á época dos fatos. Sobre o caso apresentado, segundo
entendimento sumulado do STJ, assinale a afirmativa correta:
a) é possível o reconhecimento do furto qualificado
privilegiado independentemente do preenchimento cumulativo dos requisitos
previstos no Art. 155, § 2º, do CP.
b) é possível o reconhecimento do
privilégio previsto no Art. 155, § 2º, do CP nos casos de crime de furto
qualificado se estiverem presentes a primariedade do agente e o pequeno valor
da coisa, e se a qualificadora for de ordem objetiva.
c) não é possível o reconhecimento do privilégio
previsto no Art. 155, § 2º, do CP nos casos de crime de furto qualificado,
mesmo que estejam presentes a primariedade do agente e o pequeno valor da
coisa, e se a qualificadora for de ordem objetiva.
d) é possível o reconhecimento do privilégio
previsto no Art. 155, § 2º, do CP nos casos de crime de furto qualificado se
estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa, e se a
qualificadora for de ordem subjetiva.
2) em relação ao delito de furto, analise as
assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I. A diferença entre o furto mediante fraude e
estelionato reside na forma pela qual o agente se apropria da coisa, pois
enquanto no primeiro a vítima não percebe que a coisa lhe está sendo retirada,
no segundo é a própria vítima que entrega a coisa ao agente.
II. De acordo com o entendimento majoritário da
doutrina, para caracterização da majorante do abuso de confiança
basta a relação empregatícia com vínculo permanente.
III. Agente que subtrai para si energia elétrica
alheia de pequeno valor, fazendo-o em concurso de pessoas, sendo ambos
absolutamente primários, à luz da jurisprudência hoje dominante no Superior
Tribunal de Justiça, pratica furto qualificado-privilegiado.
IV. Júnior, jovem de 20 anos, furta R$ 5.000,00 de
seu próprio pai, Claudionor, de 53 anos. Nesta situação, Júnior responde pelo
crime de furto agravado.
São corretas apenas as assertivas: a) I e
II;
b) I, II e III;
c) I, e III;
d) I, III e IV.
e) I, II e III.
7 ).
CASO CONCRETO
Por volta das 7h de uma segunda feira, Jesuíno
e Lorrany, casal de namorados, ambos de 20 anos, abordaram o carro de
Cláudia, parada em um semáforo em frente à escola do seu filho após deixá-lo.
Jesuíno portava um revólver calibre 38 municiado e obrigou Cláudia a sentar no
banco de trás do veículo ao lado de Lorrany. Jesuíno conduziu o veículo
até a esquina mais próxima onde, então, Wallace Augusto entrou no carro e
sentou-se na frente, no banco do carona portando a arma de Jesuíno apontada
para a cabeça de Cláudia. Circularam por cerca de duas horas com a vítima
fazendo com que esta efetuasse diversos saques de sua conta corrente e cartões
de crédito em caixas eletrônicos quando, então, decidiram por largá-la no local
em que havia sido rendida. Os agentes fugiram com o veículo, todavia alguns
funcionários da escola que conheciam Cláudia viram o que acontecia e avisaram à
Polícia, vendo ainda que os dois criminosos apanharam um homem que os aguardava
nas cercanias. Dos fatos, restou provado no curso da ação penal que
Jesuíno, Lorrany e Wallace Augusto associaram-se de forma estável e
permanente para a prática de crimes contra o patrimônio. A partir do caso
concreto narrado, com base nos estudos realizados sobre os delitos de roubo,
extorsão e extorsão mediante sequestro identifique:
a)A correta tipificação das condutas. Responda
de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: Roubo - É
crime pluriofensivo (patrimônio e integridade). Trata-se de crime
complexo, resultando da fusão de duas figuras típicas: furto e constrangimento
ilegal.
Extorsão - muito semelhante ao roubo. É
crime pluriofensivo. Cleber Masson defende não se tratar de
crime complexo, pois é espécie do gênero “constrangimento ilegal”.
Extorsão mediante sequestro - É crime hediondo, de
natureza permanente. A prisão pode ser efetuada a qualquer momento (art. 303,
do CPP). O termo “qualquer vantagem” se refere ao patrimônio da vítima ou
de terceiro, pois o delito está no capítulo dos crimes contra o
patrimônio. Caso a vantagem seja impossível, não haverá extorsão.
b. Caso os agentes sejam denunciados pelas condutas
contra o patrimônio com a majorante e ou qualificadora resultante de
concurso de pessoas, é possível a cumulação de penas com o delito de associação
criminosa? Responda de forma objetiva e fundamentada.
c. Caso no momento em que Cláudia fosse
rendida pelos agentes, tivesse reagido e levado um tiro de Jesuíno que
empreendeu fuga deixando a vítima ferida, qual seria a correta tipificação da
conduta de Jesuíno?
Resposta: A correta tipificação seria de
o delito de extorsão na modalidade qualificada art. 158 §2º aplica-se o art.
157 §3º pena de reclusão de 7 a 15 anos, além de multa.
QUESTÕES OBJETIVAS
1) em relação aos delitos de extorsão e extorsão
mediante sequestro, previstos nos arts.158 e 159, do Código Penal, analise as
assertivas abaixo:
I. São considerados delitos hediondos,
independentemente da produção do resultado mais gravoso lesão corporal de
natureza grave ou morte.
II.O denominado "sequestro relâmpago"
configura-se como uma qualificadora do delito de extorsão mediante sequestro e
é considerado delito hediondo.
III. Os delitos de extorsão e roubo possuem como
elemento distintivo a prescindibilidade do comportamento da vítima no
roubo.
IV. A extorsão é uma espécie de constrangimento
ilegal, diferenciando-se deste em decorrência da natureza da vantagem
almejada.
São corretas apenas as assertivas:
a) I e II;
b) I, II e III;
c) I, II e IV;
d) II, III e IV.
e) III e
IV.
2) após terem subtraído significativa quantia de
dinheiro de um estabelecimento comercial, mediante grave ameaça, objetivando a
detenção da res furtiva e a impunidade do crime, os agentes efetuaram disparos
de arma de fogo contra policiais militares que os aguardavam na porta do
estabelecimento. Embora não tenham conseguido fugir da ação policial e nem
atingir nenhum dos milicianos, os agentes atuaram com evidente animus necandi
em relação aos policiais militares. Conforme o atual entendimento do Superior
Tribunal de Justiça, nesse caso, ocorreu (FUNDEP - 2014 - DPE-MG - Defensor
Público)
a) roubo consumado em concurso material com
homicídio tentado.
b) roubo tentado em concurso material com
resistência.
c) latrocínio consumado.
d) latrocínio tentado.
8 ) Claudinei Bom de Papo, proprietário
de um veículo BMW, ano 1995, decide convidar Anabellla, colega de
faculdade, para jantar em um caro restaurante próximo à casa da jovem a fim de
impressioná-la. Combina de se encontrarem às 21h na porta do restaurante. Ao
término do jantar romântico, Claudinei Bom de Papo estende o convite para um
cineminha próximo à sua casa e pede que Anabella o acompanhe até o
serviço de manobrista do restaurante para que ele possa retirar seu BMW. Poucos
minutos após entregar o ticket de estacionamento ao manobrista recebe seu carro
com um pequeno plus fornecido pelo restaurante
? outro carro, BMW, da mesma cor, mas 20 anos mais novo. Ciente do
engano do manobrista e sem tecer qualquer comentário pega as chaves de seu novo
carro e vai embora do restaurante com Anabella.
A partir do caso concreto narrado e dos estudos
realizados sobre os crimes contra o patrimônio, responda de forma objetiva e
fundamentada: sendo certo que Claudinei Bom de Papo não provocou o engano e
tampouco não o informou ao manobrista qual a correta tipificação de sua
conduta?
RESPOSTA: A conduta de estelionato
art. 171. Obter para si o para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
indevido ou mantendo alguém em erro, mediante artificio, ardil, ou qualquer
outro meio fraudulento.
QUESTÕES OBJETIVAS
1) Determinado sujeito, que acabara de se
desiludir amorosamente, decide matar sua até então namorada. Toma emprestado o
automóvel de seu vizinho e, durante o trajeto, por descuido, abalroa gravemente
um outro veículo, causando sério prejuízo material. Mas, faltando-lhe
coragem para consumar o homicídio, estaciona próximo a um bar, às portas da
casa de sua ex-namorada e intencionalmente se embriaga, a fim de ganhar
valentia para executar seu plano. Abandona o veículo, vai a pé até a casa da
ex-namorada e, mediante asfixia, tira-lhe a vida. À luz do Direito Penal, o
sujeito cometeu: (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto)
a) dano e homicídio duplamente majorado, pela
embriaguez dolosa e asfixia.
b) homicídio qualificado pela
asfixia.
c) homicídio qualificado pela asfixia
e agravado pela embriaguez pré-ordenada.
d) dano e homicídio qualificado pela asfixia, em
concurso material.
2) Jonas Esperto, assistente de Eleonora, designer
de interiores, mantém união estável com esta. Certo dia, após perder muito
dinheiro apostando em cavalos sem que sua companheira soubesse, pois
havia pego emprestado de sua amada o dinheiro utilizado para as
apostas, decide simular um sequestro a fim de obter, não só o valor perdido,
mas também, mais dinheiro para futuras apostas. Procura um velho amigo, Beto
Faz Tudo e o contrata para forjar o sequestro de sua companheira. Acordam que o
valor do resgate será divido na porcentagem de 70% e 30%, já que ele ficou
responsável pelo planejamento da operação por conhecer com riqueza de detalhes
os horários de Eleonora. Realizada a empreitada criminosa, chega o momento
da exigência do preço do resgate ao companheiro e aos filhos de Eleonora.
Durante a conversa de Jonas Esperto com o sequestrador, Carlos Norberto Filho,
filho de Eleonora descobre que Jonas foi o responsável por toda a organização
do sequestro.
Ante o exposto, com base nos estudos sobre os
crimes contra o patrimônio é correto afirmar que a conduta de Jonas Esperto
configura:
a) sequestro, mas será isento de pena.
b) estelionato, mas será isento de
pena.
c) extorsão mediante sequestro na forma
tentada.
d) extorsão mediante sequestro
consumado.
e) extorsão mediante sequestro consumada,
mas será isento de pena.
9) CASO CONCRETO
STJ reforma decisão e condena homem por estuprar
enteada Mariângela Gallucci - O Estado de S. Paulo 26 Agosto 2014 | 16h 24
Disponível
: http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,stj-reforma-decisao-e-condena-homem-por-estuprarenteada,1549894
O relator do caso fez críticas aos argumentos utilizados nas decisões das
instâncias inferiores que haviam inocentado BRASÍLIA –O Superior Tribunal
de Justiça (STJ) reformou decisão do Judiciário paulista que havia absolvido um
homem acusado de praticar sexo com a enteada de 13 anos. Por unanimidade, os
ministros da 6ª. Turma do STJ decidiram condená-lo. O processo será encaminhado
ao Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo para que a pena seja fixada. Relator
do caso, o ministro Rogerio Schietti Cruz fez críticas aos argumentos
utilizados nas decisões das instâncias inferiores da Justiça, que tinham
absolvido o padrasto. "Repudiáveis os fundamentos empregados pela
magistrada de primeiro grau e pelo relator do acórdão impugnado (no TJ) para
absolver o recorrido, reproduzindo um padrão de comportamento judicial
tipicamente patriarcal, amiúde observado em processos por crimes dessa natureza,
nos quais o julgamento recai inicialmente sobre a vítima para somente a
partir daí julgar-se o réu", afirmou. Para os ministros do STJ,
a presunção de violência nos crimes de estupro e atentado violento ao pudor
contra menores de 14 anos tem caráter absoluto. "A interpretação que vem
se firmando sobre tal dispositivo é no sentido de que responde por estupro o
agente que, mesmo sem violência real, e ainda que mediante anuência da vítima,
mantém relações sexuais (ou qualquer ato libidinoso) com menor de 14
anos", disse o relator. O caso chegou à Justiça após o padrasto ter sido
denunciado pela própria companheira. A juíza de 1ª. Instância concluiu
que a menina não foi vítima de violência presumida porque "se mostrou
determinada para consumar o coito anal com o padrasto". "O que fez
foi de livre e espontânea vontade, sem coação, ameaça, violência ou temor.
Mais: a moça quis repetir e assim o fez", disse: "A vítima foi
etiquetada como uma adolescente desvencilhada de preconceitos, muito segura e
informada sobre os assuntos da sexualidade, pois 'sabia o que fazia'. Julgou-se
a vítima, pois, afinal, 'não se trata de pessoa ingênua'. Desse modo,
tangenciou-se a tarefa precípua do juiz de direito criminal, que é a de julgar
o réu, ou, antes, o fato delituoso a ele atribuído",
concluiu Schietti.
A partir do caso concreto narrado,
identifique:
a)Quais os reflexos da caracterização da
expressão vulnerabilidade como absoluta ou relativa? Responda de forma objetiva
e fundamentada.
RESPOSTA: Recurso experimental
Sumula STJ
b. Nos casos de estupro contra vulnerável quem
possui legitimidade para a propositura da ação penal?
RESPOSTA: Ministério Público,
mediante ação penal pública incondicionada. Art. 225 CF.
c. O fato da conduta ter sido praticada pelo
padrasto da vítima possui alguma relevância jurídica para fins de aplicação de
pena?
RESPOSTA: A pena é aumentada de
metade se o agente é padrasto da vítima. 226 CP.
d. Caso na situação descrita a vítima tivesse 14
anos e a relação sexual fosse oriunda de grave ameaça proferida pelo padrasto
as respostas anteriores se alterariam?
RESPOSTA: A propositura da ação penal
ainda será do MP, e a pena é aumentada de metade se o agente é padrasto da
vítima.
Responda de forma objetiva e fundamentada.
QUESTÕES OBJETIVAS
1) José, rapaz de 23 anos, acredita ter poderes
espirituais excepcionais, sendo certo que todos conhecem esse seu ?dom?,
já que ele o anuncia amplamente. Ocorre que José está apaixonado por Maria,
jovem de 14 anos, mas não é correspondido. Objetivando manter relações sexuais
com Maria e conhecendo o misticismo de sua vítima, José a faz acreditar que ela
sofre de um mal espiritual, o qual só pode ser sanado por meio de um ritual
mágico de cura e purificação, que consiste em manter relações sexuais com
alguém espiritualmente capacitado a retirar o malefício. José diz para Maria
que, se fosse para livrá-la daquilo, aceitaria de bom grado colaborar no ritual
de cura e purificação. Maria, muito assustada com a notícia, aceita e mantém,
de forma consentida, relação sexual com José, o qual fica muito satisfeito por
ter conseguido enganá-la e, ainda, satisfazer seu intento, embora tenha ficado
um pouco frustrado por ter descoberto que Maria não era mais virgem. (FGV -
2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - X - Primeira Fase)
Com base na situação descrita, assinale a
alternativa que indica o crime que José praticou.
a) Corrupção de menores (Art. 218, do
CP).
b) Violência sexual mediante fraude
(Art. 215, do CP).
c) Estupro qualificado (Art. 213, § 1º, parte
final, do CP).
d) Estupro de vulnerável (Art. 217-A, do
CP).
2) Jorge, diretor financeiro de uma grande empresa,
há semanas vem chamando sua secretária Luiza para saírem juntos. Como Luiza
recusa todos os convites, Jorge, auxiliado por Pedro que trabalha como motoboy
na mesma empresa, ameaça Luiza dizendo que, caso ela não vá a um motel com ele,
no dia seguinte estará demitida. Luiza, mais uma vez, recusa a ceder e, muito
abalada psicologicamente, leva o fato ao conhecimento do Presidente da empresa
a fim de que as devidas providências sejam tomadas em relação a Jorge e Pedro.
Diante dos fatos, é correto afirmar que:
a) Jorge e Pedro responderão por
assédio sexual consumado.
b) Jorge responde por assédio sexual tentado, pois
não conseguiu obter favorecimento sexual, e Pedro não responde por nenhum
crime, pois não é superior hierárquico da vítima.
c) Jorge e Pedro responderão por assédio sexual
tentado, pois não houve a obtenção de favorecimento sexual.
d) Jorge responderá por assédio sexual consumado e
Pedro pelo delito de constrangimento ilegal, pois não é superior hierárquico da
vítima.
3) Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem (MPE-RS -
2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça) Durante o festival de balonismo, na cidade
de Torres, Afonso Dias, 52 anos, deslocou-se até a Boate Cristal para festejar
a sua classificação no evento. No recinto, conheceu o transformista Maitê, 21
anos, convidando-o para acompanhá-lo na comemoração. Enquanto conversavam,
Afonso disfarçadamente colocou uma substância na bebida de Maitê, que o levou a
perder os sentidos. Na sequência, conduziu o transformista desmaiado, sem poder
oferecer resistência, até seu carro, onde praticou com ele sexo anal. No dia
seguinte, Maitê registrou o fato delituoso contra Afonso na Delegacia de
Polícia e adotou as medidas necessárias para responsabilizá-lo. No presente
caso, o crime praticado pelo agente é o de _______e a ação penal correspondente
é ________.
a) estupro de vulnerável
- pública incondicionada
b) estupro - pública
incondicionada
c) violação sexual mediante fraude - pública
condicionada à representação
d) estupro - pública condicionada à
representação
e) violação sexual mediante fraude
– privada
10) CASO CONCRETO
Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos,
após terem sido demitidas da empresa de propaganda na qual trabalhavam
resolveram alugar um imóvel e dividir as despesas do mesmo. Passados alguns meses
sem que conseguissem novo emprego, decidiram trabalhar por um tempo como
“garotas de programa” para seu sustento. A fim de evitar chamar a atenção de
amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria residência como local dos
encontros. Para tanto, acordaram que Luana ficaria responsável pela
“administração” do local, recebendo parte do dinheiro obtido por suas colegas
com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, empregada
e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias colegas
agendavam e negociavam os programas que realizavam. Passados alguns meses do
início das “atividades”, após diversas notificações às jovens reclamando sobre
o excessivo movimento de ?estranhos? no edifício, o síndico,
desconfiado das atividades lá realizadas, notifica os fatos à autoridade
pública, bem como a ocorrência de pequenos delitos no local. Após detalhada
verificação de todos os fatos, inclusive através de interceptações telefônicas
deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade das condutas de
Luana, Vanessa e Isabela. Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela
prática da conduta descrita no art.229, do Código Penal, sendo cumulada à
conduta de Luana a figura típica do art.230, do Código Penal. Ante o exposto,
com base nos estudos realizados sobre a moderna teoria do delito, quais as
possíveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela?
Responda de forma objetiva e fundamentada:
RESPOSTA: Lei 9296/96 – lei de
interceptação telefônica (especifica para crimes dolosos).
Jurisprudência – própria casa não
caracteriza casa de prostituição.
QUESTÕES OBJETIVAS
1) Com relação aos crimes de lenocínio tráfico
de pessoa para fim de prostituição ou outra forma de exploração sexual analise
as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I. Agente que aluga imóvel para a montagem de casa
de prostituição, sabendo da finalidade do locatário sem, contudo, ter qualquer
envolvimento com a referida exploração sexual não poderá ser responsabilizado
pela conduta prevista no art.229, do CP.
II. No delito de casa de prostituição
tutela-se o interesse da coletividade de modo a evitar a proliferação de todas
as formas de lenocínio.
III. Para a consumação do delito de casa de
prostituição é prescindível a prática efetiva de ato libidinoso, bem como a
finalidade de lucro.
IV. Agente que utiliza residência alheia, com
habitualidade, para a prática da prostituição não pratica a conduta no art.229,
do CP.
Estão corretas as assertivas:
a. I, II e III.
b. I, II e IV.
c. II, III e IV.
d. I e III.
2) Com relação aos crimes de lenocínio tráfico de
pessoa para fim de prostituição ou outra forma de
exploração sexual e aos crimes de ultraje público ao pudor analise
as assertivas abaixo e assinale a opção correta: I. Configura o crime de
favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança
ou adolescente ou de vulnerável, submeter, induzir ou atrair à prostituição ou
outra forma de exploração sexual, alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a
prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone. II. O crime
de tráfico de pessoas poderá ser caracterizado ainda que haja consentimento da
vítima. III. Os processos em que se apurarem crimes, tráfico internacional de
pessoa para fim de exploração sexual e tráfico interno de pessoa para fim de
exploração sexual correm em segredo de justiça, mas o mesmo não ocorre em
relação ao crime de rufianismo. IV. A conduta de casal que, durante exibição de
filmes, aproveita-se do escuro do ambiente e é flagrado mantendo relações
sexuais, em tese configura ato obsceno. Estão corretas as
assertivas:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
11 ) CASO CONCRETO
Claudirene, às 20 horas do dia 15 de março de 1994,
deu à luz um menino na única maternidade existente na pequena cidade onde
morava. Ocorre, porém, que tão logo sai da maternidade, Claudirene, que
havia sido abandonada pelo pai da criança e não desejava criá-la sozinha, acaba
por entregar o recém-nascido para Lúcia, uma velha conhecida sua. Esta, visando
evitar o trâmite legal do processo de adoção, registra o menino como sendo seu
filho, levando-o para morar com ela em uma cidade distante. Em janeiro de 2010,
o ex-companheiro de Claudirene a procurou, pois desejava
conhecer o filho que havia abandonado dezesseis anos antes. Ao tomar
conhecimento do que havia acontecido, vai até a Delegacia de Polícia e relata o
fato às autoridades. Instaurado inquérito policial, Lúcia acaba sendo indiciada
pelo crime previsto no art. 242, do Código Penal. Seu advogado, no entanto,
impetra habeas corpus visando obter o arquivamento do procedimento
inquisitorial em razão da ocorrência de prescrição da pretensão punitiva. Com
base nos estudos realizados, diga fundamentadamente se deve prosperar a
pretensão defensiva.
RESPOSTA: Não prospera. Sumula
400 – STJ
QUESTÃO OBJETIVA Sobre os crimes contra a família,
analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I - Maria Clara, pobre e desempregada, sem
condições de criar o sexto filho recém-nascido, entregou a criança a Ludmila,
que, de comum acordo com o marido André, e juntamente com este, registrou em
cartório a menina como se fosse filha do casal. Nessa hipótese, Ludmila e André
devem responder por falsidade ideológica, configurada como crime contra a fé
pública. II - No delito de subtração de incapazes (art. 249 do CP),
havendo a restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus-tratos
ou privações, o Juiz pode deixar de aplicar pena.
III - João Bonitão casou-se com Maria Linda
exclusivamente no religioso. Sendo certo que o casamento não produziu efeitos
civis, casa-se novamente, desta vez com produção de efeitos civis
com Bella. Nesta situação é correto afirmar que a conduta de João
Bonitão não configura o crime de bigamia.
IV - Aquela que, penalmente responsável, registrar,
como seu, filho recém-nascido de outra mulher, alterando formalmente seu estado
civil, responderá pelo crime de supressão ou alteração de direito inerente ao
estado civil de recém-nascido em concurso formal com o crime de falsidade
decorrente da inscrição falsa no registro de nascimento da criança.
De acordo com o Código Penal Brasileiro e o entendimento pacificado pelos
Tribunais Superiores, estão corretos apenas os itens:
a) I e III
b) I e IV
c) II e III
12 )CASO CONCRETO
Jonas Maurílio foi denunciado pela prática das
seguintes condutas, in verbis: Consta do presente Inquérito Policial que
no dia 10 de julho de 2014, por volta das 20:00 horas, na Rua -----, n.----,
Bairro -----, nesta capital, o denunciado JONAS MAURÍLIO
ameaçou causar mal injusto e grave à vítima Maria Amália, sua cunhada, pois
a filha desta, sobrinha de JONAS MAURÍLIO, pegou emprestado uma ventilador na
casa do autor para utilizar em conjunto com a mãe e o irmãozinho
caçula. JONAS MAURÍLIO, irritado, armou-se com uma faca e
disse à vítima que "iria pegar o ventilador de qualquer
jeito, que esfaquearia Maria Amália, pois não se simpatiza com a mesma"
(sic). Ato contínuo, o denunciado causou incêndio na cama da filha de Maria
Amália que havia pego o aparelho de sua residência, que fica encostado na
parede que faz divisão com o imóvel de Maria Amália, visto que as casas são
geminadas, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de
outrem. No local, encontravase a outra filha da vítima
e sobrinha do agente, uma criança de apenas 02(dois) anos. Em
momento posterior, ao ser detido por policiais militares, novamente proferiu
ameaças à vítima, dizendo-lhe que "não ficaria preso e seria liberado, mas
quando ele saísse, a situação ficaria pior para a vítima". A vítima
representou criminalmente contra o denunciado (fls. X). Insta salientar que o
denunciado possui outros boletins de ocorrência com suposta prática de delitos
desta natureza (violência doméstica), conforme fls.X2.
A partir do caso concreto narrado, identifique a
correta tipificação da conduta de JONAS MAURÍLIO.
Resposta: Crime de ameaça art. 147,
C.P. – causar mal injusto e grave, ação penal pública condicionada.
Crime de dano art. 163, C.P. –
causou dano por motivo egoístico, ação penal privada.
Crime de perigo a vida – art. 132,
C.P. crime subsidiário, ação penal pública incondicionada.
QUESTÃO OBJETIVA
José, mestre de obras, foi contratado para realizar
a reforma de um escritório no centro da cidade de Niterói. Durante a reforma,
José, sem analisar a planta do edifício, derruba uma parede do escritório, com
o intuito de unir duas salas contíguas. Dois dias após a derrubada da parede, o
prédio desaba, e, no desabamento, morre uma pessoa que estava no local na hora
da queda. A perícia consegue apurar que a queda foi provocada pela obra
realizada por José, que não poderia derrubar a parede, pois esta seria estrutural
no edifício. Diante dos fatos narrados, assinale a opção que indica a
responsabilidade penal de José. ( FGV - 2014 - OAB - Exame de
Ordem Unificado - XIV - Primeira Fase)
a) Desabamento doloso em concurso formal com o
crime de homicídio doloso.
b) Desabamento doloso em concurso material com o
crime de homicídio culposo.
c) Desabamento culposo,
circunstanciado pela causa de aumento de pena em razão da morte culposa da
vítima.
d) Desabamento culposo, circunstanciado pela causa
de aumento de pena em razão da morte dolosa da vítima.
2) Sobre os crimes contra a incolumidade
pública, leia as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I - Em se tratando de crimes de incêndio e
explosão, admite-se o concurso de crimes, afastando-se a aplicação do princípio
da consunção.
II - A fabricação de substância explosiva constitui
crime contra a incolumidade pública, tipificado no CP; a fabricação de engenho
ou artefato explosivo é crime previsto na lei que trata do registro, posse e
comercialização de armas de fogo e munição; se o artefato ou engenho explosivo
for mina terrestre antipessoal, a conduta constitui crime previsto em lei
específica.
III - No crime de curandeirismo, o agente
ilicitamente exerce atividade de diagnosticar e prescrever substâncias ao
paciente.
IV - Agente que, sem autorização legal, prático em
odontologia, habitualmente clínica de forma gratuita em comunidades carentes
não pratica infração penal face à gratuidade de sua conduta. Estão corretas as
assertivas:
a. I e II.
b. I e III.
c. I, II e III.
d. I, II e IV.
13 CASO CONCRETO
Olimar, Lucivaldo e Hergílio com
unidade de vontade e desígnios, no dia 20 de dezembro de 2012, por volta das
20h, mediante grave ameaça exercida com arma de fogo, subtraíram para si um
telefone celular e um tablet de Antônio Pereira, quando este saía do
estacionamento do shopping center Vilaverde. Ato contínuo, abordaram o veículo
que vinha logo atrás de Antônio Pereira e subtraíram quinhentos reais em
espécie e, ao tentar subtrair o veículo modelo Focus, marca Ford, placa
EDV-XXXX, de São Paulo, de propriedade de Marilene Mendes foram presos em
flagrante. Após instrução probatória, Olimar restou condenado à
pena de 20 anos, 6 meses e 22 dias de reclusão a ser cumprida inicialmente em
regime fechado, pela prática dos crimes de roubo qualificado (art.157,§2º, I e
II, CP) duas vezes, em concurso material,(art.69, CP) roubo qualificado na
forma tentada (art.157,§2º, I e II, n.f art. 14, II, ambos do CP) e
associação criminosa armada (art.288, parágrafo único, CP), em concurso
material de crimes. Inconformado com a decisão condenatória a defesa de
interpôs recurso de apelação com vistas, dentre outros pedidos, à exclusão da
causa de aumento wwwdo parágrafo único do art.288, do Código Penal
sob o argumento de configurar-se bis in idem, bem como ao reconhecimento da
continuidade delitiva entre os delitos e não concurso material, como
aplicado.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados
sobre o tema responda de forma objetiva e fundamentada se os pedidos deverão
ser julgados procedentes.
RESPOSTA: Segundo posicionamento do STF é
admissível o concurso entre os crimes de associação criminosa (quadrilha) e de
furto qualificado, não se configurando bis in idem, pois o crime de
quadrilha se consuma pela simples associação e não pela participação conjunta
das pessoas associadas. HC 77.485-9. Rel. Min. Mauricio Correa.
Art. 69. CP.
QUESTÃO OBJETIVA 1) No que se refere aos
crimes contra a paz pública, assinale a alternativa INCORRETA: (UESPI - 2014 -
PCPI - Delegado de Polícia)
a) O art.288-A do Código Penal brasileiro constitui
um tipo penal aberto, posto que o legislador deixara de definir o que se pode
entender por “organização paramilitar”, “milícia particular”, “grupo” e
“esquadrão”.
b) Para configuração do crime de associação
criminosa não se exige a realização do fim visado, mas tão somente o simples
fato de figurar como integrante da associação.
c) Como a nova redação do tipo penal previsto no
art.288 do Código Penal brasileiro exige a associação de apenas três
pessoas, esta se caracteriza como norma mais severa e, assim,
irretroativa neste aspecto.
d) O crime de constituição de milícia privada
caracteriza-se como delito plurissubjetivo ou de concurso necessário.
e) O crime de constituição de milícia
privada não exige, para sua configuração, um elemento subjetivo especial,
podendo a prática recair sobre qualquer crime previsto no ordenamento jurídico
brasileiro.
2) Sobre os crimes contra a paz pública,
analise as assertivas abaixo e selecione a opção correta: I. Caracteriza
bis in idem a condenação por crime de associação criminosa armada e roubo
qualificado pelo uso de armas e concurso de pessoas. II. Para a
configuração do delito de associação criminosa, verificado o número mínimo de
agentes previsto em lei, basta que um dos integrantes seja imputável.
III. O delito de incitação ao crime configura-se independentemente de a
incitação ser dirigida à prática de determinada infração penal, estando configurado
o crime com a mera incitação genérica. IV. Jonas, Bolão e Bebe Quieto,
reúnem-se, de forma estável e permanente, com o fim de cometer crimes de
estelionato. Todavia, tendo cometido um único estelionato, o grupo é
desmantelado em virtude de uma denúncia anônima. Nesses termos, a conduta dos
agentes configura os delitos de associação criminosa e estelionato em concurso
material de crimes. Estão corretas as assertivas:
a. I, II e IV.
b. I, III e IV.
c. II e IV.
14 CASO
CONCRETO
Cláudio Esperto adquiriu de pessoa desconhecida um
aparelho destinado à falsificação de moeda. Em seguida, fabricou várias cédulas
falsas de 10 reais. Resolvido a testar a qualidade de suas notas se dirigiu à
uma padaria, adquiriu pães e bolo e pagou as compras com 4 notas falsas. Ainda
que descoberta posteriormente a falsidade das notas em decorrência do prejuízo
causado ao estabelecimento, sustentou em tese defensiva a incidência do
princípio da insignificância para fins de exclusão de responsabilidade
jurídico-penal de sua conduta. A partir do caso concreto narrado e dos estudos
realizados sobre os crimes de moeda falsa:
Aplique a correta tipificação às condutas
praticadas por Cláudio Esperto. Avalie a tese defensiva apresentada por Cláudio
Esperto.
RESPOSTA: Cláudio Esperto praticou o
crime de moeda falsa tipificado no art. 289, falsificar, fabricando-a ou
alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no pais ou
no estrangeiro.Tipificação inicial art. 289,Paragrafo 1°, e
art. 291.
Tem que levar a ofensividade da
conduta do agente.
QUESTÃO OBJETIVA Ângela recebeu,
inadvertidamente, algumas notas falsas de R$ 50,00 (cinquenta reais) e não se
recorda mais de quem as obteve. As notas em questão foram recusadas em diversas
oportunidades em estabelecimentos comerciais que dispunham de equipamento
apropriado à verificação da autenticidade de papel-moeda. Mesmo assim, e
sentindo-se injustiçada por ter recebido as notas falsas em questão de boa-fé,
como se verdadeiras fossem, continuou a repassá-las em outros
estabelecimentos. Acerca de sua conduta, pode-se afirmar que Ângela:( FGV
- 2014 - DPE-DF ? Analista)
a) não praticou crime algum, pois recebeu as notas
em questão de boa-fé.
b) praticou o crime de moeda falsa, a ser punido
com a mesma pena prevista para a falsificação da moeda falsa.
c) praticou forma privilegiada do
crime de moeda falsa, pois repassou as notas sabendo serem falsas.
d) praticou o crime de estelionato, uma vez que não
realizou a falsificação das notas em questão, tendo apenas as
restituído à circulação.
e) não praticou crime algum, pois não tem obrigação
legal de reconhecer a falsidade de papel-moeda.
15 CASO CONCRETO
Adriano Chefe confiou a Alessandro Correto o
preenchimento de uma folha de papel assinada em branco, na qual deveria constar
proposta de trabalho com orçamento que seria remetida a um cliente. Alessandro
Correto guardou a folha em uma gaveta, planejando preenchê-la assim que
retornasse do almoço. Aproveitando-se da ausência de Alessandro, Haroldo Ocara
retirou o papel da gaveta, redigiu uma confissão de dívida de duzentos mil
reais de Adriano Chefe a seu favor, embora este não lhe devesse coisa alguma, e
se apropriou do documento. A partir do caso concreto narrado e dos estudos
realizados sobre os crimes de contra a fé pública:
a)Aplique a correta tipificação à conduta
praticada por Haroldo Ocara
RESPOSTA: Tipificação
art. 298 falsidade material
b) Caso Haroldo Ocara tivesse recebido a folha de
papel assinada em branco de Adriano Chefe e tivesse redigido a referida
confissão de dívida, a resposta seria a mesma?
RESPOSTA: art.299 (posse)
falsidade ideológica.
QUESTÕES OBJETIVAS 1) Sobre os crimes
contra Fé Pública, analise as assertivas abaixo e selecione a alternativa
correta.
I.Aquele que confecciona um cartão de crédito
falso comete o crime de Falsificação de Documento Particular na modalidade
equiparada.
II.A modificação do numerário do chassi contido no
documento de um veículo caracterizará a prática do delito de falsificação de
documento público e não de adulteração de sinal identificador de veículo
automotor.
III. Incorre nas mesmas penas do crime de
falsificação de documento público (art.297 do Código Penal) quem insere ou faz
inserir na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado
a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade
de segurado obrigatório.
IV. Agente que falsifica documento e depois o
utiliza responde por falsificação e uso em concurso material de crimes.
Estão corretas as assertivas:
a) I, II e IV.
b) II, III e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
2) Sobre os crimes contra Fé Pública, analise
as assertivas abaixo e selecione a alternativa correta.
I. O crime de falsa identidade, quando elemento de
crime mais grave, é sempre absorvido por este.
II. A distinção entre falsidade material e
ideológica de documento é que na falsidade material frauda-se a forma do
documento e na ideológica o conteúdo é falso.
III. Agente que, em razão de seus antecedentes
criminais, insere sua fotografia na identidade de terceiro e a apresenta a
policiais em uma blitz comete, em tese, o delito de falsa
identidade.
IV. No crime de uso de documento falso a consumação
se dá com o efetivo uso do documento, não se exigindo resultado naturalístico,
já que se trata de delito formal. Estão corretas as
assertivas:
a) I, II e IV.
b) II, III e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
16 1ª QUESTÃO. (PROMOTOR DE JUSTIÇA. AM/2001).
Tibúrcio praticou um homicídio sob o domínio de violenta emoção, logo em
seguida à injusta provocação da vítima, com o uso de asfixia. Na ocasião,
apesar de ser maior de dezoito e menor de 21 anos de idade, era reincidente.
Confessou a autoria da infração penal perante a autoridade judiciária e no
plenário do júri. Julgue os itens que se seguem, relativos à situação
hipotética apresentada e à legislação a ela pertinente:
I - Tibúrcio praticou um crime de homicídio
privilegiado-qualificado. II - O homicídio privilegiado-qualificado é
crime hediondo, insuscetível de comutação da pena. III - Caso Tibúrcio
venha a ser condenado pelo júri popular, o juiz presidente deverá observar o
critério trifásico na dosimetria de pena, sob pena de nulidade da sentença.
IV - De acordo com a jurisprudência dominante, a circunstância
atenuante da menoridade relativa não é preponderante sobre as demais. V -
No caso de condenação de Tibúrcio, reconhecidas as atenuantes da menoridade e
confissão espontânea, o juiz presidente poderá fixar a pena privativa de
liberdade em quantidade inferior ao mínimo previsto no
tipo.
Estão certos apenas os itens: a) I e
II. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV. e) IV e
V.
2ª QUESTÃO. Com relação ao delito de
homicídio, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: I.
Segundo a jurisprudência do STJ a sentença concessiva do perdão judicial possui
natureza declaratória de extinção de punibilidade não gerando
qualquer conseqüência para o réu, exceto para efeitos de
reincidência. II. Segundo a jurisprudência do STJ é admissível o concurso
entre o homicídio privilegiado e qualificado, desde que, as qualificadoras
tenham natureza objetiva, sendo, neste caso, caracterizado como delito
hediondo. III. O instituto do perdão judicial aplica-se aos crimes de
homicídio culposo previstos no Código Penal e na Lei n.9503/1997 (CTB) e
configura-se como direito público subjetivo do réu de caráter unilateral, no
qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias expressamente
previstas em lei.
IV. No confronto entre o delito de homicídio
qualificado pelo emprego de tortura e o delito de tortura ? Lei
n.9455/1997, no caso concreto, deverá ser analisado o dolo do agente, sendo
certo que, no primeiro caso, o agente atua com animus necandi e a tortura
configura o meio empregado para tal, logo absorvido pelo homicídio; no segundo,
o dolo é de torturar, sendo o resultado morte produzido culposamente
? crime preterdoloso. Estão certos apenas os itens: a) I
e II. b) I e III. c) I, II e III. d) I, III e IV. e)
III e IV.
3ª QUESTÃO. (FCC - 2014 - DPE-CE)
Em relação à qualificadora do motivo fútil no crime de homicídio, NÃO
encontra significativo amparo doutrinário e jurisprudencial a tese de
que: a) é excluída pela embriaguez voluntária ou culposa, se
completa. b) não equivale a motivo injusto c) não se confunde
com a ausência de motivos. d) é compatível com o homicídio
privilegiado. e) não pode coexistir com a do motivo torpe em um mesmo
ato.
4ª QUESTÃO. Analise a situação a
seguir. (FUNDEP - 2014 - DPE-MG - Defensor Público) Uma mulher
procurou o salva-vidas de uma praia que estava em vias de prestar socorro a um
rapaz que se debatia na água. Ela disse ao salva-vidas que conhecia o suposto
afogado, afirmando com veemência que ele estava brincando, já que era um
excelente nadador. Diante das informações prestadas pela mulher, negligenciando
sua função, o salva-vidas deixou de prestar o socorro que poderia ter
acarretado o salvamento. O afogado, assim, morreu. Na verdade, a mulher
conhecia o afogado, seu desafeto, e pretendia vê-lo morto. Diante da situação
narrada, é CORRETO afirmar que: a) houve homicídio em concurso de pessoas
entre a mulher e o salva-vidas. b) a mulher foi autora de omissão de
socorro e o salva-vidas foi autor direto de homicídio doloso. c) o
salva-vidas foi autor de homicídio culposo através de omissão imprópria e a
mulher foi autora mediata de homicídio doloso. d) houve omissão de
socorro em concurso de pessoas entre a mulher e o salva-vidas.
5ª QUESTÃO. (FCC - 2014 - DPE-RS -
Defensor Público) Marcos e Rodrigo instigaram Juarez, que
sofria de depressão, a cometer suicídio, pois, na condição de herdeiros do
último, pretendiam a morte do mesmo por interesses econômicos. Ainda que Juarez
tenha admitido firmemente a possibilidade de eliminar a própria vida, não
praticou qualquer ato executório. Diante desse contexto, Marcos
e Rodrigo a) poderiam ter a pena reduzida de 1/3 a 1/2, se a
pretensão tivesse caráter humanitário, de piedade, e a morte tivesse se
consumado. b) deverão responder por tentativa de homicídio, visto que a
ideia de ambos era eliminar a vida de Juarez para posterior
enriquecimento. c) serão responsabilizados pelo crime previsto no art.
122 do Código Penal, com redução da pena pelo fato de a vítima não ter atentado
contra a própria vida, já que para a consumação do delito basta a mera conduta
de instigar. d) não responderão pelo crime de instigação ao suicídio,
pois não houve morte ou lesão corporal de natureza grave na vítima. e)
responderiam por instigação ao suicídio, caso, no mínimo, Juarez atentasse
contra a própria vida e tivesse ocasionado lesões corporais leves em seu
corpo.
6ª QUESTÃO. (ACAFE - 2008 - PC-SC) Madalena,
grávida de 3 meses, ciente de sua condição, continuou praticando arremesso de
peso, pois pretendia participar das eliminatórias para o campeonato estadual
dessa modalidade. Ela, que desejava muito ser mãe, também nutria a esperança de
ganhar uma medalha. Assim, embora previsse a possibilidade de abortamento,
contava com a sua não-ocorrência e, por isso, manteve a rotina de treinamentos.
Entretanto, em virtude dos esforços físicos intensos que ela realizou, para sua
infelicidade, ocorreu a morte e expulsão do feto. No caso apresentado, ela:
a) responderá por crime de aborto provocado pela gestante, com dolo
direto. b) responderá por crime de aborto provocado pela gestante, com
dolo eventual. c) não responderá penalmente por crime de aborto provocado
pela gestante. d) responderá por crime de aborto provocado pela gestante,
com culpa consciente.
7ª QUESTÃO. (FCC - 2014 - DPE-PB -
Defensor Público) Mediante promessa de pagamento de cem reais,
a intrometida vizinha Florisbela participa dolosamente do infanticídio
executado pela jovem mãe Aldegunda que, em desespero, se encontrava
então sob forte influência do esta-do puerperal. Sobre Florisbela, à
vista do entendimento hoje dominante na doutrina, com esses dados em princípio
pode-se afirmar que: a) responderia por homicídio doloso qualificado,
caso a lei brasileira classificasse o infanticídio como modalidade privilegiada
de homicídio. b) responderia por homicídio privilegiado,
com Aldegunda, caso a lei brasileira classificasse o infanticídio como
modalidade privilegiada de homicídio. c) responde por homicídio
qualificado. d) responde por infanticídio qualificado. e) responde
por infanticídio privilegiado, com Aldegunda.
8ª QUESTÃO.
Claudio, rico e conhecido usineiro, é surpreendido
por fiscais da DRT, que foram alertados mediante denúncia anônima, mantendo
trabalhadores rurais em trabalho de 14 horas diárias, com breve descanso de 15
minutos para digerir a pouca ração, que dos mesmos cobra, impedindo-os de sair
do local de trabalho. Ouvidos no local, os empregados afirmam consentir com
esta situação, em vista de não disporem de outra opção de emprego na região.
Ante o exposto assinale a alternativa correta: a) o consentimento dos
ofendidos impede a caracterização de crime contra a liberdade individual, mas a
situação acima descrita não prova tal consentimento; b) ocorre
cárcere privado, crime de ação pública incondicionada, independente da vontade
dos ofendidos. c) há constrangimento ilegal, pois em decorrência da
miserabilidade dos trabalhadores, estes se vem obrigados a trabalhar
nestas condições; d) há redução à condição análoga à de escravo,
pois o consentimento dos ofendidos é irrelevante para a caracterização do
delito.
9ª QUESTÃO. Alexander, jovem de 19 anos,
inconformado por ter sido abandonado por sua namorada Alexia, de 17 anos, a fim
de obrigá-la a reatar o namoro a priva de liberdade, mantendo-a trancada na
sauna de sua casa por doze dias e provoca-lhe, em razão de maus tratos, grave
sofrimento físico. Ante o exposto, a conduta de Alexander será responsabilizada
pelo crime de: a) cárcere privado qualificado pelo fato da vítima sofrer
grave sofrimento físico; b) sequestro em concurso com lesões
corporais, já que provocou grave sofrimento físico para a vítima; c)
constrangimento ilegal, além das penas correspondentes à violência. d)
sequestro previsto no art. 230 da lei n.8069/1990.
10ªQUESTÃO. (ACAFE - 2014 - PC-SC - Delegado
de Polícia ) De acordo com o Código Penal, a lesão corporal que tem
cominada pena de reclusão de um a cincos anos, dentre outras, são as que
resultam em: a) deformidade permanente. b) incapacidade permanente
para o trabalho. c) enfermidade incurável e aborto. d) perda ou
inutilização do membro, sentido ou função. e) perigo de
vida.
11ª QUESTÃO Em uma festa na casa de
Ana Cristina, Carlos Roberto, indivíduo violento, envolveu-se em uma discussão
com Inácio, na sala de jantar, recinto repleto de móveis e objetos diversos.
Acalorando-se a discussão, ambos se levantaram, já aos gritos, e subitamente
Carlos, visando machucar e intimidar Inácio, deu-lhe um forte empurrão, em
virtude do qual Inácio tropeçou e caiu, batendo com a cabeça na quina de uma
mesa. Desmaiando imediatamente após a queda e permanecendo inconsciente, Inácio
foi levado às pressas para o hospital mais próximo, onde foi internado,
constatando-se a existência de traumatismo craniano. Três dias depois ele
faleceu, em virtude desse ferimento. Tendo em vista os fatos narrados, pode-se
afirmar que Carlos Roberto deverá ser indiciado e processado criminalmente
por: a) homicídio; b) homicídio culposo; c) lesão
corporal seguida de morte; d) homicídio doloso.
12ª QUESTÃO Acerca da lesão
corporal, assinale a opção correta. (OAB/SP. 134 Exame de Ordem.
1a Fase) a) O aumento especial de pena aplicado à violência doméstica
praticada contra portador de deficiência aplica-se à lesão corporal leve, grave
e gravíssima. b) as lesões corporais leve, grave e gravíssima, se
praticadas através da violência doméstica, terão aumento especial de pena na
proporção de um terço. c) lesão corporal culposa e a de natureza leve são
delitos de ações penais públicas condicionadas à representação da vítima ou de
seu representante legal. d) a incapacidade permanente para as ocupações
habituais da vítima de lesão corporal, por mais de duzentos dias, classifica a
lesão como gravíssima.
13ª QUESTÃO (MPE-MS - 2013 - MPE-MS -
Promotor de Justiça) Mélvio e Tício ajustam entre si a
prática de um furto na residência de Joana, pois acreditavam que ela estava
viajando, estando o imóvel deserto. Dividem as atividades criminosas da
seguinte maneira: Mélvio deveria permanecer nas imediações para
observar e vigiar a aproximação de alguém, enquanto Tício ingressaria
no imóvel, mediante arrombamento de uma das janelas. Após adentrar, Tício é
surpreendido com a presença de Joana, pois ela não havia viajado. Desse
modo, Tício domina Joana, utilizando-se de ameaças de morte, ante sua
evidente superioridade física e de uma faca que trazia consigo. Com Joana
subjugada, Tício a submete à prática de conjunção carnal. Depois de
consumar o ato, ainda com Joana rendida, Tício subtrai vários objetos
de valor do local. Após se retirar, Tício partilha
com Mélvio o produto do crime, contando-lhe dos fatos ocorridos no
interior da residência. Assinale a alternativa correta quanto aos crimes
cometidos: a) Tício responde por roubo qualificado e estupro,
enquanto Mélvio responde por furto qualificado, aumentando-se a pena
até a metade em razão do resultado ocorrido. b) Tício e Mélvio respondem
por roubo qualificado e estupro.
c) Tício e Mélvio respondem por roubo qualificado,
enquanto Tício também responde pelo estupro.
d) Tício responde por roubo qualificado e estupro,
enquanto Mélvio responde pelo furto qualificado.
e) Tício responde por roubo qualificado e estupro, enquanto Mélvio responde
pelo furto qualificado e estupro.
14ª QUESTÃO
(FGV - 2014 - MPE-RJ - Estágio Forense) Jonas,
advogado de Paulo, com procuração regularmente outorgada nos autos de uma
determinada ação de ressarcimento de danos morais, retira de uma agência
bancária situada no fórum o valor em espécie correspondente à indenização
objeto da condenação, constante do mandado judicial de pagamento. Entretanto,
entrega apenas uma parte do valor ao seu cliente, retendo para si,
indevidamente, 1/3 (um terço) da quantia recebida. O delito cometido pelo
causídico é: a) estelionato - Artigo 171, caput, do
Código Penal; b) furto mediante fraude - Artigo 155, §4º, II, do
Código Penal; c) apropriação indébita simples - Artigo 168 do Código
Penal; d) receptação simples - Artigo 180, caput, do Código Penal;
e) apropriação indébita qualificada - Artigo 168, §1º, III do Código
Penal. 15ª QUESTÃO Ernesto Leôncio revoltado pelo fato de
sua mulher, Lucinda Leôncio, tê-lo abandonado exige que Lucinda faça um depósito
no valor de R$1.500,00 em uma conta corrente aberta por Leôncio sob ameaça de
matá-la caso não efetue o respectivo depósito, bem como a retirada do boletim
de ocorrência de lesões corporais perpetradas sob violência doméstica contra
ele registrado. Diante da reiteração das ameaças, Lucinda acionou a polícia,
que surpreendeu Ernesto, procedendo a sua prisão. Ante o exposto, é correto
afirmar que Ernesto praticou o delito de: a) Constrangimento ilegal
consumado. b) Extorsão consumada. c) Extorsão na forma
tentada. d) Constrangimento ilegal na forma tentada 16ª
QUESTÃO Adriana, jovem de 20 anos que reside com seus pais, necessitando
saldar dívida contraída com cartões de crédito por ter excedido todos os
limites, penetra no quarto deles, de onde subtrai parte de suas jóias,
todas de elevado valor, empenhando-as, a seguir, com isso obtendo o dinheiro
necessário para saldar suas dívidas. Diante do caso concreto apresentado,
Adriana deverá responder pelo crime de furto: a) Simples contra sua
mãe, pelo qual deverá ser condenada na forma do caput do art.155 do
CP. b) Qualificado, pelo abuso de confiança, contra sua mãe, pelo
qual deverá ser condenada na forma do §4° do art.155 do CP. c)
Qualificado, pelo abuso de confiança, contra sua mãe, mas sua punibilidade está
condicionada à representação da ofendida. d) Qualificado, pelo abuso
de confiança, tendo como lesada sua mãe, pelo qual, entretanto, não poderá ser
condenada por ser isenta de pena. 17ª QUESTÃO (UESPI - 2014 -
PC-PI - Delegado de Polícia) Sobre os crimes contra o patrimônio, assinale a
alternativa CORRETA. a) Os crimes de latrocínio, extorsão,
roubo qualificado e extorsão mediante sequestro são classificados como
hediondos. b) O crime de extorsão mediante sequestro classifica-se como
crime material que se consuma quando o agente obtém a vantagem econômica
exigida. c) No roubo o bem é retirado da vítima, enquanto que
na extorsão ela própria é quem o entrega ao agente. d) O denominado
?sequestro relâmpago? é uma modalidade de crime de extorsão
cometido mediante a privação total da liberdade da vítima. e)
As formas qualificadas do roubo não decorrem, necessariamente, do emprego
da violência. 18ª QUESTÃO. Alexandre Bom de Papo convidou Bianca,
jovem de 25 anos de idade, para ir a uma festa. De forma dissimulada, Alexandre
colocou determinada substância na bebida de Bianca, que, após alguns minutos,
ficou totalmente alucinada. Aproveitando-se do estado momentâneo de Bianca, que
não poderia oferecer resistência, Alexandre levou-a para o estacionamento da
festa, onde com ela manteve conjunção carnal, bem como "convenceu"
Bianca a praticar sexo oral nele. Passado o efeito da substância, Bianca de
nada se lembrava e, no dia seguinte à festa, descobriu através de amigos o que
ocorrera. Ante o exposto, a partir dos estudos realizados sobre os crimes
contra a dignidade sexual, é correto afirmar que a conduta de Alexandre
configura: a) Estupro simples cuja ação penal é pública
incondicionada. b) Estupro simples cuja ação penal é pública condicionada
à representação de Bianca. c) Estupro de vulnerável cuja ação penal é
pública incondicionada. d) Estupro de vulnerável cuja ação penal é
pública condicionada à representação de Bianca. e) Conduta atípica, pois
Bianca é maior de 18 anos e não houve violência ou grave ameaça.
19ª QUESTÃO (FGV - 2014 - MPE-RJ - Estágio Forense) Carlos, imbuído
de perniciosa lascívia concupiscente em face de sua colega de trabalho, Joana,
resolve estuprá-la após o fim do expediente. Para tanto, fica escondido no
corredor de saída do escritório e, quando a vítima surge diante de
si, desfere-lhe um violento soco no rosto, que a leva ao chão.
Aproveitando-se da debilidade da moça, Carlos deita-se sobre a mesma, já se
preparando para despi-la, porém, antes da prática de qualquer ato libidinoso,
repentinamente, imbuído de súbito remorso por ver uma enorme quantidade de
sangue jorrando do nariz de sua colega, faz cessar sua intenção e a conduz ao
departamento médico, para que receba o atendimento adequado Em relação a
sua conduta, Carlos: a) responderá por estupro tentado, em virtude da
ocorrência de tentativa imperfeita; b) não responderá por estupro, em
virtude da desistência voluntária; c) não responderá por estupro, em
virtude de arrependimento eficaz; d) não responderá por estupro, em
virtude de arrependimento posterior; e) responderá por estupro consumado,
pois atualmente a lei não exige a prática de conjunção carnal para a
configuração desse delito. 20ª QUESTÃO. Com relação à Lei n. 12015/2009,
que alterou os crimes contra a dignidade sexual é correto afirmar que: a)
A pena para o crime de assédio sexual será aumentada até a metade se a vítima
for menor de dezoito anos de idade, e a ação penal será, nesse caso, pública
incondicionada.
b) Quem mantiver conjunção carnal com menor de
catorze anos de idade estará sujeito à pena de reclusão por período de seis a
dez anos, sendo a ação penal, nesse caso, pública condicionada à
representação. c) O princípio da continuidade normativa típica
evidencia-se quando uma norma penal é revogada, mas a mesma conduta continua
sendo crime no tipo penal revogador, ou seja, a infração penal continua
tipificada em outro dispositivo, ainda que topologicamente ou normativamente
diverso do originário. d) a revogação do art. 214 do Código Penal pela
Lei no 12.015/09 conduziu à abolitio criminis do delito de atentado violento ao
pudor anteriormente cometido. e) nos crimes de estupro (artigo 213 do
Código Penal) e estupro de vulnerável (artigo 217-A do Código Penal), a pena é
aumentada pela metade quando o crime é cometido em concurso de duas
ou mais pessoas. 21ª QUESTÃO. (FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem
Unificado - XIII - Primeira Fase) Analise os fragmentos a seguir: I.
João constrange Maria, por meios violentos, a ter com ele relação sexual. Em
virtude da violência empregada para a consumação do ato, Maria sofre lesões
corporais de natureza grave que a levam a óbito. II. Joaquim constrange
Benedita, por meio de grave ameaça, a ter com ele relação sexual. Após o coito
Benedita falece em decorrência de ataque cardíaco, pois padecia, desde criança,
de cardiopatia grave, condição desconhecida por Joaquim. A partir das
situações apresentadas nos fragmentos I e II, os delitos cometidos
são, respectivamente, a) estupro qualificado pelo resultado morte e
estupro qualificado pelo resultado morte. b) estupro em concurso com
lesão corporal seguida de morte e estupro simples. c) estupro qualificado
pelo resultado morte e estupro em concurso com
homicídio preterdoloso. d) estupro qualificado pelo resultado morte
e estupro simples. 22ª QUESTÃO. Acerca dos crimes contra a família
assinale a alternativa correta: a) O avô que dolosamente deixa de atender
ao comando de sentença judicial que o obriga ao pagamento de pensão alimentícia
em favor de seu neto, pratica, em tese, o crime de abandono material. b)
A chamada ?adoção à brasileira?, consistente na conduta do agente que
registra como seu o filho de outrem, configura, em tese, o crime de falsidade
ideológica. c) Apesar de previsto no Código Penal, o crime de bigamia
deixou de ser considerado delito pela jurisprudência, tornando-se letra
morta. d) Deixar de prover a subsistência, sem justa causa, do cônjuge,
ou de filho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente
inválido ou maior de 60 anos não lhes proporcionando recursos se configura em
crime de abandono material. e) O crime de entrega de filho menor a pessoa
inidônea não admite suspensão condicional do processo. 23ª QUESTÃO.
Em relação aos crimes de perigo comum, marque a alternativa INCORRETA: a)
A posse de engenho explosivo é tipificado pelo Estatuto
do Desarmamento; b) O crime de incêndio é de perigo abstrato;
c) No crime de inundação, havendo morte de alguém, aplica-se a forma
qualificada do art. 258, do CP, desde que tal resultado tenha decorrido de
culpa; d) O indivíduo que arremessa artefato explosivo, comete
crime, aina que não ocorra a explosão efetiva; 24ª
QUESTÃO. No que diz respeito aos crimes contra a paz pública, assinale a
opção correta à luz do disposto no CP bem como do entendimento doutrinário e
jurisprudencial. (CESPE - 2012 - MPE-RR - Promotor de
Justiça. Atualizada) a) Para a caracterização do crime de associação
criminosa armada, é indispensável que todos os integrantes estejam portando
armas (próprias ou impróprias), sob pena da descaracterização do delito e da
responsabilização individual dos integrantes do grupo. b)
Para a caracterização do crime de associação criminosa, é indispensável a
existência de mais de três pessoas associadas de forma permanente e estável e
com o especial fim de agir para a prática de crimes, sendo, também,
imprescindíveis a identificação e a capacidade dos agentes. c) De acordo
com a jurisprudência dos tribunais superiores, é vedado, por configurar bis in
idem, o concurso dos crimes de formação de associação criminosa armada com
delito de roubo qualificado pelo concurso de pessoas e uso de armas. d) O
crime de associação criminosa, delito de perigo comum e abstrato, consuma-se
com a simples associação de, no mínimo, três pessoas para a prática de crimes,
não se exigindo que o grupo efetivamente pratique qualquer crime. e) A
forma qualificada do crime de associação criminosa é delito hediondo. 25ª
QUESTÃO. (FUNDEP - 2014 - DPE-MG - Defensor Público) O art. 288 do Código
Penal, com a redação dada pela Lei nº 12.805/2013, define o crime de associação
criminosa como associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes. A consumação de tal delito ocorrerá a) quando o
grupo iniciar suas atividades criminosas. b) quando o grupo praticar ao
menos dois delitos. c) quando, independentemente da prática de qualquer
crime é demonstrada apenas a pretensão de habitualidade. d) quando o
grupo, realizando os atos preparatórios de um único fato criminoso, denota
animus socii. 26ª QUESTÃO. (FCC - 2012 - MPE-PE - Analista
Ministerial - Área Jurídica):Leo adquiriu de pessoa desconhecida um
aparelho destinado à falsificação de moeda. Em seguida, fabricou várias cédulas
falsas de cem reais e as colocou em circulação, adquirindo bens diversos. Nesse
caso, Leo responderá: a) pelos crimes de petrechos para falsificação de
moeda, em continuidade delitiva. b) unicamente pelo crime de petrechos
para falsificação de moeda. c) pelos crimes de petrechos para falsificação
de moeda e moeda falsa, em concurso formal. d) pelos crimes de petrechos
para falsificação de moeda e moeda falsa, em concurso material. e)
unicamente pelo crime de moeda falsa. 27ª QUESTÃO. Suponha que um
determinado indivíduo vá até uma padaria e, utilizando uma cópia grosseira de
uma nota de R$ 10,00 (dez reais), consiga comprar pães, causando prejuízo ao
referido estabelecimento. Este indivíduo praticou: (IBFC - 2014 -
PC-RJ)
a) Crime de petrechos para falsificação de moeda e
será julgado pela Justiça Federal. b) Crime de moeda falsa e será julgado
pela Justiça Federal. c) Crime de estelionato e será julgado pela Justiça
Estadual. d) Crime de falsificação de papéis públicos e será julgado pela
Justiça Estadual. e) Crime contra o Sistema Financeiro Nacional e será
julgado pela Justiça Federal.
MUITO MASSA
ResponderExcluirtodos os caso de penal3
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